sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ironias obscenas

Inflação: A Globo quer o retorno da inflação a qualquer custo. Para atingir o Governo Dilma e baixar sua popularidade, faz de tudo, até joga a favor dos especuladores. O problema é que o etanol ‘se recusou’ a manter-se nas alturas e está caindo, aliás, como ocorre todo ano.

Copa de 2014: Deu a louca na mídia. Estão preocupados com que os estrangeiros irão dizer dos nossos aeroportos, como se os aeroportos do mundo não tivessem filas e problemas de embarque e desembarque.

Aécio 2014: a Globo e o DEM lançaram Aécio Neves como candidato à presidência da república para 2014. Pena que esqueceram de avisá-lo, assim ele não teria se recusado a fazer o teste do bafômetro, quando parado num comando da polícia no Rio de Janeiro. Detalhe: o carro não estava no nome dele e ainda tem uma penca de multas por excesso de velocidade. Eu já vi esse filme: só que o protagonista era Fernando Collor de Mello, também lançado pela Globo e pelo PFL, em 1987. PFL é o antigo nome do DEM.

Professores do Estado de São Paulo: ano passado votaram em massa em Geraldo Alckmin, em função do Bônus salarial que foi alto. O fato de ser um ano eleitoral foi mera coincidência. Já o Bônus salarial de 2010 ficou, para muitos, na casa dos centavos. Fiquem tranqüilos, em 2014, vocês, caros educadores, votem nele de novo.

Transporte coletivo na cidade de São Paulo: A Globo descobriu que o metrô de São Paulo foi um dos que menos cresceu, em expansão de linhas. A Globo só não conseguiu, ainda, associar a má administração contínua do estado de SP ao grupo que o governa há mais de 16 anos.

TSF: enfim, uma dentro: as relações homo-afetivas ganharam o mesmo direito das uniões estáveis heterossexuais. Mas o habeas-corpus concedido pelo Ministro Gilmar Mendes, ao banqueiro Daniel Dantas, por telefone, em 2009, até hoje não foi possível de ser engolido. E se você, leitor, estiver numa enrascada, ligue para Gilmar Mendes no STF e peça habeas corpus por telefone; se o crime for do colarinho branco, maiores suas chances de deixar o delegado que lhe prendeu falando sozinho. Protógenes que o diga.

Fukushima: só agora o Governo japonês entendeu que, em áreas de terremoto, não se deve construir usinas nucleares.

José Serra: não fala mais sobre aborto. Será que era só pra ganhar votos daqueles que não sabem separar a religião da política?

Ronaldo Gaúcho: eu e milhões de rubro-negros, por esse mundão afora, esperamos ansiosos por sua estréia no Flamengo. Será no campeonato brasileiro?

Murici Ramalho: poço de lucidez, em se tratando de futebol. Parece que ele foi o único que entendeu que o número 9 do Santos, o tal Zé Love, mais atrapalha Neimar e Ganso do que completa o ataque. Aquele segundo tempo contra o São Paulo, humm, foi demais.

Enquanto isso, Kadafi não larga o osso e uma nova dupla caipira será lançada no Faustão: Obama e Osama.

6 comentários:

  1. Muito bom Savio, também gostei muito. Só faltou uma coisa. Comentar sobre o acontecimento lamentavel em São Paulo semana passada que foi o anúncio do Governo Paulista em cancelar a construção de uma estação do metro na av Angélica no bairro de Higienópolis. A administração (picolé de chuchu) nega, mas evidências mostram que a decisão foi motivada por pressão da associação de moradores do bairro que não quer o metrô no pedaço. Enviarei uma reportagem (video) que baixei no uol onde moradores fazem comentários preconceituosos na tentativa de se justificarem, é um absurdo. Ainda bem que em Cruzeiro não tem isso.

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  2. é verdade, anderson, isso merece um post. o preconceito da elite paulistana com os 'diferenciados' pobres trabalhadores. quem se acha dentro da casa grande, não quer vero povo da senzala.

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  3. Olhando a briga do reporter e do professor, me lembrei do "The Wall". Será que o o problema está no julgamento que o reporter faz do professor? Ou a verdade é que as escolas deveriam dizer a verdade, ou seja, todas as teses, conspiratórias ou não, e deixar os alunos discutirem e alcançarem suas próprias conclusões? Para mim, com o perdão da simplicidade, ensinar é mostrar todas as faces e deixar que os alunos, a menos uma vez, exercitem seu intelecto. Que diga o professor Sávio.

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