sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A nau dos tolos



O primeiro desenho de um homem é o sol.

Redondo, cheio de riscos. Sorriso e olhos fechados.

Depois, ele desenha a casinha com chaminé.

Dentro, minha namorada me espera voltar da floresta.

Fui matar minha imbecilidade, inseguranças e covardias...

Poderia ter amado tanto mulheres.

Mas o medo, a mágoa, o medo, a mágoa,

soam como violoncelos numa sala vazia.

O fogo está aceso.

Os solitários tocam violoncelos.

Os fracos se caçam na floresta.

Agora desenho chuva.

Nuvens que se parecem com carneiros.



6 comentários:

  1. Ai, sim, fomos surpreendidos novamente...

    Ah, conheço aquela perspectiva da foto.

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  2. eh eh eh eh poema velho sobre foto nova em canção vigente, greatful, dead 'o grande morto agradecido'

    sumido, cumprade.......

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  3. hoje, como aquele dia que vc veio. claudia sp eu com as cerjas e os cd e os cães eh eheh e

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  4. Belo é significativo poema.
    "...a navegação entrega o homem à incerteza da
    sorte,nela cada um é confinado ao seu próprio destino;Todo embarque é potencialmente o último.É
    para o outro mundo que parte o louco em sua barca
    louca.É do outro mundo que ele chega quando desembarca..." Foucaut

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  5. Que beleza, tomamos algumas cervejas aqui, com uns pedaços de carne... Seria bom reunir todos, inclusive o arauto de Foucault acima.

    Botei um filme meio barra no blog, sobre o preço da primavera árabe, mas terrível mesmo é a tendencia nossa ao genocídio.

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