segunda-feira, 17 de outubro de 2011

No more Wall Street



Perdoe-me, vento suassuna,

Mas também comunico fatos

E me perco dos versos.

Vencido por moinhos imóveis,

Pelas catedrais sangrentas,

Espero medroso o dia em que os filhos me verão estúpido.

Alma penada que perdeu os dentes.

Vendi a alma.

Como todo homem tolo e hábil,

Vendi a alma. E a pouco soldo.

Esse monstro inumano que nos traga, é vencedor.

É esplendor de mutilações.

O moinho cravou a lança em minha coragem.

Meu coração é mera palha na boca dos porcos.

Não há sonho.

Só a lata do tempo maquinal me sangrando.

Monstro! Bestialidade! Te dei minha alma

E pela boca, recebo alimento.

Proteína e carboidrato.

Há que se lamber os fatos nas conversas de história.

O capitalismo é fonte que me inverte.

Eis-me verme e não mais homem.



Um comentário:

  1. Um poema verdadeiro.Parece que a vaca está secando
    E está surgindo o vento dos novos tempos.A vaca
    está secando.E a ganancia está matando a galinha dos ovos de ouro.
    Vamos invadir seu banco.vamos invadir wall street.

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