terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Casulo, túmulo, ovo, catacumba... Gênesis



             Encharquei o sangue de vinho.
A escada me levou ao sol etílico.
Passei nuvens de pernas lisas.
O mar se partiu em faixas de som.

Encharcado de vinho o cipreste e liso.
Sinto o calor feliz humanidade.
O vinho é a chama da boca santa. 

As mãos tocam o sino da alegria clara.
Riachos conduzem memórias fluidas.
Olhos faiscando luz luxuriante de ternura
É o vinho na projeção metafísica de mim mesmo.


Sou a procissão de Baco nas terras barrocas.
Larva em pó retirante. Eu, filho do porre!
No ‘inverno-verão-me-carnaval’.
Totem bailarino em meio ao salão de ninfas.

Olho no globo de isopor os estilhaços de sua alma,
se dissolvem luminosas nos fractais espelhados.
Te amei um dia!

Sou um Jonas nas entranhas do trovão.
Pássaro velejador de elétrica nuvem.
Eu, beer topographic clown - sombra & luz.












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