Vários
pensadores procuraram idealizar um sistema que fosse justo e universal. Em
nosso senso comum, o socialismo é um sistema que parte da ideia de uma
estrutura que seja a base, como um sistema operacional, para que os componentes,
indivíduos, possam agir dentro de sua existência (o ser). Toda forma imaginada
de socialismo, a priori, é recebida como algo fadado ao sacrifício de
individualidades, somado ao peso de um Estado ineficiente.
É
preciso entender que nem todos os socialistas são marxistas. Nosso 'asneiral'
maior, as redes sociais, deseducam firmemente os 'leitores' que lêem
'articulistas' que por lá se atrevem a
misturam Venezuela com o enredo da escola de samba do Paraíso do Tuiuti. Thomas
More e Tommaso Campanela, ambos do século XVI, são considerados socialistas
utópicos (utopia, de sonho). Augusto Comte, Positivista, criador do lema, Ordem
e Progresso, no século XIX, também é considerado um socialista utópico, não
marxista.
Hitler
também pode ser considerado um socialista, só que distópico, de pesadelo, e que
também não é marxista. Ele partiu do seu próprio 'Eu', com o livro, Minha Luta,
que diga-se de passagem, expõe o individualismo extremo em seu título, para
imaginar uma sociedade que ansiava por ordem e desenvolvimento com base, não só
na propriedade e no mercado livre, como também no extermínio daquilo que
impedia o crescimento de tal sociedade: a cultura judaica. Podemos dizer que os
massacres humanos, advindos das ideologias de Estado, nasceram de desejos
individuais de organizar a sociedade.
Se
fizermos outra comparação, semelhante no desejo, mas oposta ao resultado
alcançado por Hitler, Cristo também era um socialista não marxista. Ele
propagou a ideia de uma ordem que propunha diluição do poder, circulação de
renda e a própria existência humana como cerne da sociedade e não como
componente subjacente a um sistema macro econômico que massacra indivíduos.
O
próprio antipetismo que circula de boca em boca, e faz festas nas redes sociais
com os vídeos do MBL, também é uma forma
de socialismo não marxista, que esconde por de trás de sua crítica a um PT, também
nada socialista marxista, (vide 13 anos de governo neoliberal, baseado no
consumo) um mundo idealizado pela extrema concentração de renda, pela
repressão, conservadorismo moral de ocasião e outras atrocidades mais, que em
suma, formam uma distopia, ou seja, um pesadelo pra sociedade. O suposto 'Brasil
Livre' que propagam em suas ideias, nasceu de um delírio individual também. E claro,
intoxicado de desejos e razões próprias. Quem comprar tais ideias, lógico, enriquecerá
os seus 'proprietários'.
Qual
melhor sistema? Em meus parcos devaneios, acredito no Liberalismo clássico, que
surgiu após a Revolução francesa, e deve ser alimentado por uma crítica
marxista, não pela ideologia, e mantido pela positivação de leis com base num
executivo/legislativo representativo. Evidente que os judiciário não pode ser
utópico, menos ainda distópico, pois se for um ou outro, estará a um passo da tirania,
que é o que surge após sua corrupção, que se inicia pela parcialidade de
julgamentos. O judiciário não deve ter outra função senão a de julgar se a
universalização das leis, que é a racionalidade da sociedade em ato, foi ou não
burlada.
Como pode perceber,
leitor, quando 'Dallagnols, Bolsonários e Cia' com pseudo discurso
idealista de que um mundo melhor virá após o 'trabalho' deles sobre a Terra, entenda,
isso também se constitui numa forma de socialismo não marxista, pois usa o 'moralismo' idealizado para criar a ideia que de um mundo melhor no futuro. Que os Reis Magos os abençoe e os afaste do fascismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário