Que o corpo não carregue mais a história.
Que os símbolos se percam no esgoto.
Que a noite absorva a humanidade em rasgos de cometas.
E apenas perecíveis, efêmeros,
dancemo-nos às custas de um violão velho,
num mar de absinto,
à meia luz orgânica.
Eis um corpo sem custódia.
Só a silhueta de um beijo ante a um cenário de estrelas.
Geograficamente fálicos e satíricos,
na filosofia nua dos corpos,
lancemo-nos fora do tempo da imbecilidade moderna.
E mãos dadas com a tarde que cai,
silenciosos em flertes lunares,
sejamos parte do grunhido universal da flor que aflora à pele.
Língua e pescoço.
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