Encharquei o sangue de vinho.
A escada me levou ao sol etílico.
Passei nuvens de pernas lisas.
O mar se partiu em faixas de som.
Encharcado de vinho o cipreste e liso.
Sinto o calor feliz humanidade.
O vinho é a chama da boca santa.
As mãos tocam o sino da alegria clara.
Riachos conduzem memória diamantes.
Olhos faiscando luz perdoada de luxúria.
É o vinho caminhante na sanguínea casca.
A procissão de Baco nas terras barrocas.
Larva em pó retirante. Eu, filho do porre!
Inverno-verão-primavera-solstício.
Rodopiando em meio ao salão do baile.
O globo de isopor girando, cheio de pedaços de espelhos.
A máscara é de carne mesmo.
Final interessantíssimo, para quem tem coragem de extravassar com vinho toda sua vontade sem botar a culpa nos dias de carnaval e depois pegar a cinzas na Igreja! Deu até vontade de me embreagar com Baco e cair na tentação da carne sob o sol escaldante. Todos juntos, suor, risos e empatia. Viva a alegria e o lado bom da festa da Carne o/
ResponderExcluirbaco não tem culpa. só vida. vlw, dandi.
ResponderExcluirSátiros caçam todos os dias, de festas ou não, ébrios ou não.
ResponderExcluirMas entre nós embebedidos, de nossas cervejas e nossas certezas, é sempre mais divertido.
Baco, evohe!
o bloco das areias do norte, o sol, o mar, o grito dos cães e lobas que uivam: imã para nossas entranhas..
ResponderExcluirevhoé...amém...assim seja... mazel tov...