segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Poema


Prefiro o sol.

Mesmo na tarde fria, o sol.

O túmulo me espera plácido,

Flores sobre o concreto.

O pó em potencial.

Morre-se antes, na indiferença da vida.

O chão recebe meu corpo.

Meus olhos vislumbram o céu.

Eles e as nuvens na longa tarde do céu.

E eu que acho tudo calmo.

A tempestade guardada no peito.

Escondo-me na depressão. Abismo líquido.

Etérea mão que não afaga o ego meu.

Prefiro o sol.

Mesmo no vento frio, o sol.

O formato das mãos são claros.

Um riacho me disse que era feliz.

Não sabia quem era, nem para onde ia.

4 comentários:

  1. Belo Poema.Como já dizia o velho Rubem Braga:
    " A poesia é necessária."
    Também gosto do sol assim como gosto da lua:Homem
    de dia lobisomem à noite.Auuuuuuuuuu!
    Fui ao cemitério à meia-noite os anjos cantavam e
    as catacumbas gemiam.causa arrepio.Prefiro manter
    distância dos túmulos.Melhor o sol.

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  2. Melhor o sol...melhor a vida que afinal é apenas
    uma.Viver é bão demais.cerveja,churrasco,mulher e
    poesia.

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  3. e como diria caetano, " e não há outros" em uns..

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  4. Poder ler a sua poesia aqui, é melhor ainda...

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