terça-feira, 7 de maio de 2013

A ‘cura’




O deputado e pastor ‘In-feliciano’, do PSC, vai propor a cura gay através de um projeto de lei. O problema é que o inusitado projeto abre brechas para novas curas. Dessa forma, o corinthianismo, o tucanismo, para muitos, até o petismo, estariam com seus dias contados. E tudo graças a projetos de lei que venham propor a cura para tais patologias. Simples assim, e tudo será resolvido.
O problema é que a lista de patologias a serem curadas por projetos de lei passará a ser, tecnicamente, algo próximo do infinito. Alguns irão propor o fim do ‘Sertanojo Universotário’. Outros, um remédio contra o samba. Uma vacina anti-axé não seria algo a se deixar de lado. Bem, em termos culturais, a lista é longa.
Exterminadas as patologias culturais, graças aos eficientes projetos de lei by ‘In-feliciano’, estarão por vir as curas étnicas. A negritude terá um antídoto clareador; o elemento indígena será ‘curado’ de nosso DNA e graças a técnicas apuradas da biotecnologia. Enfim, um xarope contra o lesbianismo terá propaganda maciça.
Chegará então o dia que o cristianismo será considerado, também, uma doença. Diga-se de passagem, o diagnóstico não é novo, vem do século XIX. O filósofo Nietzsche, filho de pastor, dizia que a doutrina cristã era uma degenerescência fisiológica, a popular dor de barriga.
Pobre ‘In-feliciano’, vítima de sua própria arma de propagar fobias. Considerado também uma doença, ou aceita a cura ou é exterminado da sociedade que ajudou a criar. Mas ainda há salvação no mundo. Deputados ainda não contaminados pelo creme usado por ‘In-feliciano’ para fazer chapinha, poderão exibir o filme, Yellow Submarine, dos Beatles, e todos chegarão à conclusão de que o preconceito, sim, é algo doentio. E que as várias formas de amor entre cidadãos responsáveis, inexoravelmente, serão respeitadas como algo meramente humano, ‘demasiadamente humano’.
Eu sou Flamengo! Sou Negão!!                        

Um comentário:

  1. Eu sou Galo Doido...C... e M...
    Vão querer me curar também...
    Ah...! Nãoooooooooooo!

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