A política tem como finalidade espantar nossos medos, ela pode evitar que trafeguemos estradas trágicas. E para isso basta observarmos os exemplos que nos antecederam; kant diria que é o conhecimento que vem 'a posteriori'; a história nos impede, tecnicamente, que cometamos erros crassos de outros povos, ou nossos mesmos, de tempos passados.
Tenho medo que o Estado de São Paulo se transforme numa espécie de Texas, o estado norte-americano mais conservador, ou um dos mais, onde há mais igrejas que bibliotecas, mais postos de gasolina que bares, presídios são mais importantes que escolas e seus políticos recebem mensagens do próprio criador. Conversar com Deus é um ato de fé; ouví-lo, esquizofrenia. Além disso, a origem da terra é explicada nas escolas através do mito criacionista judaico-cristão de Adão e Eva; os fósseis seriam mera ilusão, não houve evolução.
No caso de Gerge Bush, ele disse que teria recebido ordem expressas do criador para invadir o Iraque, por isso desencadeou tal guerra com o saldo de milhares de mortos. É bom lembrar que, o patrocínio das indústrias bélicas e petrolíficas de sua campanha para presidente e posterior apoio político para sua reeleição, foi mera coincidência.
Misturar religião com política é algo que pode gerar "Talebãs". Se criticamos ardentemente a postura dos países islâmicos que apredejam mulheres adúlteras e incentivam a guerra santa, a chamada prática dos homens-bombas, devemos separar o joio do trigo em nossas terras sulamericanas também. Católicos-carísmaticos e evangélicos (protestantes) andam em tempos eleitorais a pregar preconceitos e aspiram se apossoar da máquina estatal com seus valores doutrinários que, ao meu ver, deveriam ficar restritos a prática da fé dos indivíduos dentro de suas respectivas comunidades. o Estado (sociedade representada) é Laico, composto de uma pluraridade.
Padres e Pastores andam a pregar com base num medievalismo tosco sobre o aborto. Além de demonizarem 'pessoas', com pré-julgamentos e ilações em nome de um Deus, quebram de cara três dos dez mandamentos que lhes são caros, pelo menos em tese: não mentir, não usar o nome de Deus em vão e não julgar. Eis o pardoxo: para se 'defender a vida' destroí-se 30% dos dez mandamentos (aproximadamente).
Quanto ao termo, 'defender a vida', que escorre tão facilmente da boca do talebã-cristão-brasileiro, em épocas eleitorais, mantenho um certo ceticismo, tenho uma certa desconfiança de que seja hipocrisia; talvez até um pouco de medo de ir para o inferno; deixarei o leitor decidir sobre isso.
Porém meu ceticismo em relação a tal cruzada do 'amor à vida' terminará no dia em que os fiéis abraçarem aqueles que dormem na rua envoltos em papelões, e que não vão se importar com o cheiro de urina, fezes e suor que exala da exclusão; e ao abrigá-los em suas próprias casas, irão dividir com eles seu pão e mais o seu abrigo; isso é amor à vida, tarefa de todo bom cristão.
Quem se cala diante das injustiças compactua com elas. Os cristãos deveriam estar lutando para que um número cada vez maior de patrícios possam trabalhar e alimentar seus filhos; também deveriam levantar sua voz contra os crimes de pedofilia e pressionar o Congresso para que esse tipo de crime se torne hediondo; deveriam também parar de demonizar pessoas em função de uma eleição. E mais um pouco: dizer a verdade é requisito básico da cristandade: quem pode decidir sobre a legalidade do aborto ou não, é o Congresso Nacional e não uma única pessoa. Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra.
Tenho medo que o Estado de São Paulo se transforme numa espécie de Texas, o estado norte-americano mais conservador, ou um dos mais, onde há mais igrejas que bibliotecas, mais postos de gasolina que bares, presídios são mais importantes que escolas e seus políticos recebem mensagens do próprio criador. Conversar com Deus é um ato de fé; ouví-lo, esquizofrenia. Além disso, a origem da terra é explicada nas escolas através do mito criacionista judaico-cristão de Adão e Eva; os fósseis seriam mera ilusão, não houve evolução.
No caso de Gerge Bush, ele disse que teria recebido ordem expressas do criador para invadir o Iraque, por isso desencadeou tal guerra com o saldo de milhares de mortos. É bom lembrar que, o patrocínio das indústrias bélicas e petrolíficas de sua campanha para presidente e posterior apoio político para sua reeleição, foi mera coincidência.
Misturar religião com política é algo que pode gerar "Talebãs". Se criticamos ardentemente a postura dos países islâmicos que apredejam mulheres adúlteras e incentivam a guerra santa, a chamada prática dos homens-bombas, devemos separar o joio do trigo em nossas terras sulamericanas também. Católicos-carísmaticos e evangélicos (protestantes) andam em tempos eleitorais a pregar preconceitos e aspiram se apossoar da máquina estatal com seus valores doutrinários que, ao meu ver, deveriam ficar restritos a prática da fé dos indivíduos dentro de suas respectivas comunidades. o Estado (sociedade representada) é Laico, composto de uma pluraridade.
Padres e Pastores andam a pregar com base num medievalismo tosco sobre o aborto. Além de demonizarem 'pessoas', com pré-julgamentos e ilações em nome de um Deus, quebram de cara três dos dez mandamentos que lhes são caros, pelo menos em tese: não mentir, não usar o nome de Deus em vão e não julgar. Eis o pardoxo: para se 'defender a vida' destroí-se 30% dos dez mandamentos (aproximadamente).
Quanto ao termo, 'defender a vida', que escorre tão facilmente da boca do talebã-cristão-brasileiro, em épocas eleitorais, mantenho um certo ceticismo, tenho uma certa desconfiança de que seja hipocrisia; talvez até um pouco de medo de ir para o inferno; deixarei o leitor decidir sobre isso.
Porém meu ceticismo em relação a tal cruzada do 'amor à vida' terminará no dia em que os fiéis abraçarem aqueles que dormem na rua envoltos em papelões, e que não vão se importar com o cheiro de urina, fezes e suor que exala da exclusão; e ao abrigá-los em suas próprias casas, irão dividir com eles seu pão e mais o seu abrigo; isso é amor à vida, tarefa de todo bom cristão.
Quem se cala diante das injustiças compactua com elas. Os cristãos deveriam estar lutando para que um número cada vez maior de patrícios possam trabalhar e alimentar seus filhos; também deveriam levantar sua voz contra os crimes de pedofilia e pressionar o Congresso para que esse tipo de crime se torne hediondo; deveriam também parar de demonizar pessoas em função de uma eleição. E mais um pouco: dizer a verdade é requisito básico da cristandade: quem pode decidir sobre a legalidade do aborto ou não, é o Congresso Nacional e não uma única pessoa. Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra.