domingo, 14 de agosto de 2011

Esperança...'o cadáver adiado que procria' escreve cartas a ele mesmo ao piano


A quimera de plástico sobre a mesa.

O silêncio da rua porta afora.

A hora me aflora o todo tempo.

Me chamo criatura iludida.

Os cometas dançam sobre a minha agonia.

Lembranças, calabouços, cadafalsos, masmorras.

Trafego pelo tempo nas lembranças.

Mãos estranhas ao movimento do corpo.

Lucidez. Peça disforme do quadro.

Suspiros de amor sobre o lodo da luxúria.

Um castelo maldito me fez exilado. E não há portas.

O ritmo alucinante de mim mesmo é o sol sobre pedras

Quero sonhar. Que haja outros palcos.

Os sonhos são vampiros que celebram a carne.

Não me importo que não haja portos, templos.

O pó dos ossos dos mortos flutua no ar.

Aspira, deus hindu!!


A flor é o vinho da noite. A árvore encantada.

As ninfas praticam livremente o adultério.

Sonho. Tempo. Sonho.

cego, não vejo o aço das engrenagens.

sonho. tempo. sonho


O que há mais para se fazer nessa vida?