terça-feira, 25 de junho de 2013

Quem é o anonimus?


Anônimas, por enquanto, somente as faces dos 
homens por detrás das transnacionais e das bolsas de valores.
Oculta é a face da especulação. 

Como se sabe, a máscara do anônimo vem do revolucionário inglês, Guy Fawkes, que em 5 de novembro de 1606, quis explodir o parlamento inglês durante o discurso do Rei James I, que era protestante. Fawkes era católico, e participou desse plano que foi coibido nas entranhas do parlamento, momentos antes dos barris de pólvora serem acessos.
Nos anos de 1980, em plena ‘era’ Thatcher, a desilusão causada pela fórmula neoliberal aplica pelo Estado britânico, menos estado, menos impostos e mais conforto para a elite, gerou uma desilusão depressiva e profunda nos britânicos.
Foi quando Alan Moore criou o quadrinho, V de Vingança (V for Vendentta), onde para lutar, metaforicamente, contra o autoritarismo do governo neoliberal de Margareth Thatcher, um herói anônimo, sob a máscara de Guy Fawkes, iniciou uma guerrilha anárquica para despertar o povo da letargia, desmascarar a mídia e o governo totalitário, nos quadrinhos, idêntico ao de Thatcher. — Em 2006, os irmãos Wachowski, os mesmos da trilogia Matrix, trouxeram a história para as telas do cinema.
No Brasil, mais precisamente nas manifestações em andamento, a máscara do anônimo, Guy Fawkes, aparece nos lugares mais estranhos e com um discurso contraditório a sua própria ‘história de vida’. a ) não é contra a mídia.  b ) tem o mesmo discurso do Galvão Bueno, da Veja, da F.SP, da Globo e do PSDB. c ) não questiona o capital estrangeiro, a bolsa de valores, o lucro das transnacionais e não acusa os artistas de alienação. d ) não disse nada sobre os Felicianos da vida. e ) só reage aos pronunciamentos da Dilma. Ou seja, tem japonês no samba.
Quem está por detrás da máscara do anonimus, aqui no Brasil? Meu ceticismo é grande sobre esse lema infantil, ‘afaste-se de quem tem um partido', propagado pelos mares do facebook adepto à máscara de Fawkes. O treco me sugere um ‘fascismozinho’ disfarçado de moralismo. 
      Mas vamos! Quero saber! Quem está por detrás dessa máscara? Possíveis respostas: a) Ronald MacDonalds  b ) CIA e FBI  c ) Mídia (Globo, Veja, Folha.S.P. e mais lixo imprenso)  d ) PSDB/DEM/PPS.  
Quero invocar aqui meu ‘profeta’ uruguaio, Eduardo Galeano, que nunca me deixou esquecer que devemos sempre questionar, sob a luz de São Karl Marx, o único remédio contra as trevas do fascismo da direitona marafona brasileira, amante inconteste de Joaquim Barbosa, que: a quem interessa a desestabilização de um país latino americano emergente, com poços de petróleo, milhões de hectares de terras férteis, com baixos índices de desemprego, baixas taxas de juros e que não depende do FMI para seguir em frente? Você não é idiota, leitor, eu sei disso. Posso sentir em seus olhos.
Basta entender quem será o beneficiado para se entender quem é o dono da ação. É uma lógica básica. Se o governo brasileiro for desestabilizado, os grandes centros econômicos farão festas. Não é ‘à toa’ que os ingleses querem levar a copa daqui. Só no primeiro semestre de 2013, os turistas deixaram no Brasil 6 bilhões de dólares.  Imagina na Copa? A discussão sobre o investimento, empréstimo de dinheiro público para as obras da Copa, deveriam ter sido feitos antes do projeto aprovado. Agora é também um pouco de hipocrisia.
Mas quero afirmar que as manifestações são legítimas. Dona Dilma fez o que eu sempre esperei de um governo em momento de crise, seja ela moral ou econômica: abriu os diversos canais de diálogos. E acertou quanto ao plebiscito para mudar o sistema eleitoral: financiamento público de campanha JÁ! É o que esse cronista pereba deseja. 
Quero mandar um abraço pro Lula, porque nenhum cartaz das manifestações, ‘nenhunzinho’, salientava sobre a fome. Por que não? É passado. O gigante caminha em passos lentos e consistentes, porque o devem ser sustentáveis. Com muita democracia e nenhum fascismo. 
        Ps: O anonimus, tal qual FHC e Lula, não luta pelo fim do fator previdenciário.   

sexta-feira, 21 de junho de 2013

A globo e as manisfestações



"...mas mesmo que imperfeita, ainda prefiro a liberdade, um estado fascista e opressor é andar contra o que já fomos, e já somos mais que aquilo, agora". A&V


Lá vem a direita descendo a ladeira...

PS: A&V, TOM e Guatambú postem esse vídeo no Facebook,
se possível. abraços..  

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Manifestações: o esquema tático é igual ao do Taiti

O esquema tático das manisfestações é igual ao do Taiti: 'um deus me livre' pra lá e pra cá que faz a bola ficar invisível e, diga-se de passagem, ela é um tanto quanto essencial para o jogo.
Me parece também um surfista com um pé em cada prancha e que anseia por cortar ondas em sentidos contrários e contraditórios: 
a) em termos morais e éticos são progressistas e vão à esquerda: liberdade, transparência, justiça, expressão livre, sexo sem preconceito, e dizem em bom som: "...no momento estamos mais para concepções anárquicas e não temos partido". Isso, acho meio q perigoso, mas tá lá o A de ácratos.
agora no item b, hum! me cheira a direitona do século XX
b) querem menos estado, menos impostos, mais consumo e intolerância plena com os desvios de conduta.
A juventude do mundo ocindental, by facebook, a meu ver, luta contra o dragão errado: nas repúblicas democráticas modernas é perene o embate: capitalismo X democracia. A democracia sempre leva a pior e os jovens brasileiros 'sem-partido' decidiram abrir fogo, justamente, contra a democracia. Eis a semelhança com o esquema tático do Taiti: para atacar mais e virar o placar adverso de 3X0, colocam mais dois zagueiros em campo. Pense um pouco: diminuir o Estado e as políticas sociais favorece a quem? Justamente quem tem discurso neoliberal dos anos de 1990.  
Me perdoem os analistas midiáticos modernos, de Pondé aos Magnólis da vida, passando pelos Mervais imortais das academias, mas tá faltando a luz crítica de São Karl Marx na 'massa' estressada, nessa alienação raivosa que pode se transformar numa metralhadora giratória nas mãos de um cego. Pois ao final, o movimento pode destuir exatmente aquilo que é sua maior arma: a democracia.
Ao vomitar suas insatisfações contra administrações progressistas, entendiadas como letárgicas, a solução seria o retorno de forças antiquadas e ultra-ultrapassadas? Vamos direto ao ponto: No lugar de Dilma deve voltar FHC? O Feliciano seria a nova bandeira? O PPS de Roberto Freire, em acasalamento com DEM, é renovação? Aécio com seu neoliberalismo mineiro seria a solução dos problemas gerados pelo capialismo? O choque de gestão - com balas de borracha - da tucanada paulista seria o rumo adequado?  
Interessante que PSTU e PSOL são por demais radicais, não servem para o governar, pois levariam o pais ao caos, segundo senso comum tanto midiático, quanto popular. Logo o que nos sobra:  

a) uma postura anarquista do tipo: de dia vou ao shopping-center e à noite quebro vidros da prefeitura. 

b) Só a disciplina da direita fascista irá nos redimir desse mar de corrupção. (já vi esse filme) Os inimigos são todos os que usam a estrelinha vermelha e falam em sindicalismo e contra o sistema financeiro. Bauman chama a isso de proteofobia.
Esse papo de 'primavera' é meio estranho: os árabes derrubaram governos que não os representava e instalaram teocracias islâmicas. É isso que eu chamo de uma metralhadora nas mão de um cego.  
Em outras palavras: é o samba do criolo doido, só que o criolo fez chapinha.
    
            

terça-feira, 18 de junho de 2013

“O POVO NÃO É BOBO! FORA A REDE GLOBO!”



A voz rouca dos manifestantes ‘sem-partido’ — coisa que esse pobre cronista não acredita — gritou sem cessar, “FORA GLOBO!”, além de mais uma série de coisas. Sobrou pra todo mundo é fato, mas alguns não querem assumir isso. A Globo e quase toda as empresas midiáticas são exemplos vivos dessa postura que, “o treco não é comigo!”
A mídia, como um todo, é alvo também dos protestos que afloraram no país, nessas últimas semanas. Mas se recusa a fazer um “mea culpa”, que de certo modo, até lhe traria mais confiabilidade. Após os primeiros dias de protestos em SP, a Folha de SP chamou os integrantes do movimento de vândalos e baderneiros. E declarou que a polícia de Geraldo Alckmin —, a ‘coisa mais linda do mundo’, em se tratando do jeitinho fascista de governar —, era a própria personificação de um governo eficiente, o qual o Jornal em questão mantém apoio perene. — Isso inclui o aumento das passagens de ônibus.
O problema foi que não combinaram com a polícia e ela ‘sentou’ bala de borracha na cara dos repórteres, inclusive nos da Folha de SP. Depois disso, o discurso da Folha de SP mudou: o jornal passou a chamar os vândalos de ontem, nos manifestantes de hoje. (rs). Meu filho caçula foi quem me chamou a atenção. Ele faz cursinho e lê a Folha de SP. — leitura que perdôo, pois afinal amamos nossos filhos.
A Globo, por sua vez, hostilizada nas manifestações, tirou aquele cubo dos microfones em que ‘ostenta o símbolo sagrado global da imparcialidade’, caso o contrário os manifestantes   incluíam a Globo na lista daquilo que deveria ser abominado. Visualize, caro leitor: uma empresa de informação que tem que tirar a logomarca de seu equipamento para não ser hostilizada, na hora de exercer seu ‘ofício’ de maquiar a realidade, só pode ser patética e decadente.
Mas a arte de manipulação da Globo é fantástica. Não fosse fascista, poderia se dizer que é fascinante. Cena 1: à frente do Palácio do Planalto, onde fica Tia Dilma, um absoluto ninguém e a repórter da Globo, Cristina Lobo, só faltou dizer que a personificação da preocupação se fazia presente. Ou seja, segundo a Globo, a presidente da República estava nervosa por ser sitiada por uma imensa ausência de manifestantes.
Cena 2: em São Paulo, por sua vez, o ‘desgovernador’ Alckmin foi sitiado por vândalos, — os manifestantes, dessa feita, foram metamorfoseados de novo em vândalos, em função de interesses, porque o manifesto era contra o PSDB. Tava lá o governador encurralado em seu Palácio de propagar insanidades administrativas, de onde vem se recusando, há décadas, a fazer algo pela educação, pela saúde e pelo transporte público. Décadas, entenda Alckmin e Serra.
Claro, devemos questionar o quanto foi gasto para a Copa de Mundo. Mas é preciso que se lembre que os Estádios foram construídos pela iniciativa privada, através das licitações federais, estaduais e municipais. Quem alavanca a corrupção, e o aumento dos gastos para se terminar as obras, são as Empresas privadas que financiaram as campanhas eleitorais.
É notório que, o dinheiro ‘dado’ nas campanhas pelas empresas, aos candidatos, retorna pelas licitações das administrações eleitas democraticamente, um tanto quanto 'multiplicado'. Um acordo de mão dupla que não incluí o contribuinte. Por isso que privatizar o Estado só é bom pra quem tem boas relações com empresas de grande porte. Solução, a curto prazo, para diminuir o superfaturamento das obras estatais, somente através de um financiamento público de campanha. Por quê? Mais fácil de identificar os candidatos independentes e, claro, aquele que vier a esbanjar por demais na campanha, já deixa claro que está a usar o caixa 2 de alguma empresa que o manipulará depois. Simples assim.
Por isso tem muita gente contra o financiamento público de campanha, principalmente na imprensa, sobretudo na Globo, Folha, Abestadão, Veja e mictórios mais. Num financiamento público de campanha, o poder deixa as mãos das empresas, e passa para mão do contribuinte. 
O que não falta nesse mundo é ‘mané’ que ainda não entendeu isso. Só se a gente quebrar a cabeça deles e enfiar um papel lá dentro. Porque a realidade, mesmo quando indicada pelas manifestações, ele não consegue ver. E tem gente que ainda não entendeu que é estrume o que sai da boca de Arnaldo Jabor, ‘o menininho maluquinho da direita fascista brasileira’. 

sábado, 15 de junho de 2013

Dona Dilma faz a elite trabalhar




Por mais incrível que possa parecer, o garoto propaganda do governo Dilma é FHC, ex-presidente da república e da oposição. Acostumado a investir em renda fixa, coisa pra quem tem muita grana, FHC abriu uma empresa imobiliária. Vai comprar terrenos, material de construção, contratar profissionais, levantar prédios e vender os apartamentos com grande propaganda. Tudo isso graças aos juros baixos.
Acostumado a viajar para a França, beber vinhos caros e fazer palestras de retrovisor, sonhando com o mundo decadente do neoliberalismo dos anos de 1990, — entenda Thatcher e Reagan, seus gurus —, FHC agora vai trabalhar e graças a Dona Dilma, que mandou os juros abaixo da linha dos 10%. Isso obriga todo aquele que vivia de renda fixa — que entre outros termos quer dizer: coçar o saco e não fazer nada e ainda ganhar dinheiro ao fim do mês — venha a se transformar num empreendedor. Melhor pra quem vive de salário. A demanda por de mão-de-obra, inevitavelmente, vai aumentar.
Entendeu agora por que a mídia, (veja, folha SP, globo, ‘abestadão’) estão tocando terror na Dilma? Os grandes anunciantes dessa porcariada impressa são os Bancos, amantes dos juros altos. Se o patrão manda, lógico, os contratados obedecem. Resultado: segundo o último ‘Datafalha’, a popularidade da Dona Dilma caiu, quase que exclusivamente entre os mais ricos. Aqueles que têm fortunas, precisam dos juros altos para multiplicá-la sem fazer força. E essa é a plataforma eleitoral de Aécio Neves, PSDB, para 2014: subir os juros, voltar com o desemprego, ampliar a ausência de Estado (by Regan & Thatcher), privatização da Petrobrás, aumento de propaganda na mídia e, ao povo, como sabemos, nada. O povo não faz parte de seus planos.
Claro, este cronista não é um tolo, — às vezes, comigo mesmo, acho que sou, mas não diria isso a ninguém, assim, abertamente, — sei que há uma inflação. Mas é uma inflação por excesso de consumo e não por desvalorização do dinheiro. A manada quer viver no capitalismo, mas não quer sentir seus efeitos. Quando o consumo fica alto, os preços sobem. O tomate foi um caso pontual: na alta do preço, a mídia, de tanto que falou no assunto, aumentou ainda mais o preço do vegetal.
Lógico, a mídia fez de propósito: inflamou, ao invés de dar alternativas. Fossem essas empresas de informação ligadas ao governo, mil explicações ocorreriam para explicar a alta do tomate. Quando a mídia recebe o que deseja, blinda seu contratante. Eis o ódio ao governo Dilma, que trafega bem pela blogosfera, faz a elite trabalhar e não paga mais do que o básico obrigatório de propaganda informativa ao cidadão, através dos canais de concessão e meios impressos. Reparou que a ABRIL cancelou várias revistas? Por que será?
Já estou até vendo FHC lutando para proibir a maconha. É que ela retarda o trabalho nas grandes construções. Os operários ficam mais lentos e o tempo da construção, agora, pro FHC, é dinheiro. Talvez tenha que levantar mais cedo, tomar seu café e fiscalizar suas obras. A labuta judia do homem, ainda mais pra quem não está acostumado. Em breve sairá de sua goela, em meio aquele mar de tijolos e massa de cimento subindo os arranha-céus:
— Capataz, ‘baixa o chicote’ na peãozada! Estamos atrasados em nosso cronograma! 
Que bom, Dona Dilma! A senhora está fazendo a elite trabalhar. Todo mundo tem uma primeira vez na vida. DILMA 2014, 2018, 2022 e etc. 

ps: Com ingressos a 280 reais na abertura da Copa das Confederações, Dilma foi vaida e aplaudida. Bom sinal: só tinha gente da eleite: votos dividios na alta classe. O forte de Dona Dilma é a massa.     

sábado, 8 de junho de 2013

Os Arcanos

Por de trás das coisas aparentes há um imenso segredo. O alquimista trabalha silenciosamente para dar significado ao mundo. Emite um canto de sereia que passa pelo véu que separa o mundo dos mistérios que o envolvem. O grande mistério é que não supurtamos a ideia de não termos mistérios para viver. A destruição do mundo se dará quando a única forma de comunicação humana a restar, for da tutela do capitalismo. Esse Demônio Master, como um Galactus, se alimenta de sonhos, fantasias, poesia, literatura, teatro e arte. Defeca bens de consumo: ipad, celulares, TVs, bolsas de grife, calças de grife, cinema de grife e faceboks.  Além de demoníaco, o capitalismo é uma massa corrida que tapa as frestas do véu entre a humanidade e os Arcanos. Por isso, o que produzimos não tem mais significado. Um funk carioca não faz os Arcanos vibrarem, nem mesmo as músicas de Frank Aguiar, nem o 'sertamerda unibostotário'. Os Arcanos são como os corações das Miladys, das Guinneveres, das morenas. Tocá-los, só com muita sensibilidade e com cores e sons que estão aos olhos de todos, mas que nos levam além do véu do mundo e dos Arcanos.
                        
                         "...aos domingos eu até vou à igreja para ver como os homens se mantém na vida
                         mas olho pra minha garota, ela é tão linda, que logo fugimos dali e pra bem longe,
                         porque dessa forma podemos nos beijar" Led Zep....    

    

Estes acordes...     ...parece que quem toca está de olhos fechados,
voando longe. O aço das cordas do violão e do 'mandolin' parecem as asas 
dos anjos ao redor do Arcanos.     
ps: esta música é sobra de estúdio, nunca esteve na discografia oficial
  

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Da série: quem vai chorar primeiro?



...fora todos os desejos do mundo, 
tenho em mim a ideia de que já morri.
um fantasma na estrada imaginária.