Encharquei o sangue de vinho.
A escada me levou ao sol
etílico.
Passei nuvens de pernas lisas.
O mar se partiu em faixas de
som.
Encharcado de vinho o cipreste
e liso.
Sinto o calor feliz humanidade.
O vinho é a chama da boca
santa.
As mãos tocam o sino da alegria
clara.
Riachos conduzem memórias fluidas.
Olhos faiscando luz luxuriante de
ternura
É o vinho na projeção metafísica
de mim mesmo.
Sou a procissão de Baco nas
terras barrocas.
Larva em pó retirante. Eu,
filho do porre!
No ‘inverno-verão-me-carnaval’.
Totem bailarino em meio ao
salão de ninfas.
Olho no globo de isopor os estilhaços
de sua alma,
se dissolvem luminosas nos
fractais espelhados.
Te amei um dia!
Sou um Jonas nas entranhas do trovão.
Pássaro velejador de elétrica nuvem.
Eu, beer topographic clown - sombra & luz.