domingo, 27 de março de 2011

Eu vi 'o Sicko', do Moore...


Eu nunca entendi o niilismo, mas já chafurdei nele, como o sábio vazio com rótulo de leite longa vida estampado no peito. O mundo é pensamento. Estradas que se entrecruzam. Liberdade é somente no mundo onde se deve pagar por tudo, quanto mais privado, mais livre, modernidade é isso: pagar. Ditadura das ideias privadas.

E segue assim o fluxo de pensamentos. A estrada social deve ser abandonada aos seus buracos, os japoneses estão sempre certos por sua disciplina, por sua capacidade de recuperar estradas, por seu desejo de batizar os filhos com o nome da empresa no lugar de seus sobrenomes. Já me puxaram a orelha na escola quando cometia erros ortográficos e ninguém pergunta aos japoneses o porquê de uma usina nuclear sobre a fenda de uma placa tectônica e à beira-mar. Privatizaram o senso comum.

Fazemos tudo errado no Brasil, votamos contra a 'opinião pública' (oito anos de Lula), somos retrógados porque acreditamos no SUS, porque podemos encontrar remédios à base de troca pelos impostos que pagamos. Somos sociais, somos atrasados, não somos como os americanos com seus carrões bacanas e seus cartões-de-crétido ilimitados, os desues do tempo é dinheiro. Queria que todos tivessem o complexo de Michael Moore. Mas o CQC, o Pânico e o Mainardi, desserviços neo/privado/fascista(s), fazem da imbecilidade o norte do senso comum brasileiro que assiste à globo-news e pensa ser a referência do que é o melhor na construção do mundo, que não pode parar e refletir, pois o mundo privado não deixa, é um crime parar e pensar. O mundo é 'despensado' infinitamente pelo liberalismo, mas isso é ser moderno, galente; tem até Oscar pra isso: e o troféu da melhor privatização vai para...

No 'totalitarismo da ideia privada' o mundo privado é a apologia das fezes. (perdoem a redundância)


Quem precisa ser social para ser livre?



Hino Social, chega de trabalhar pros vermes de wall street