terça-feira, 30 de outubro de 2012

Haddad vence STF e o mensalão




E eis que a realidade se nega a aderir à manipulação programada pelo STF, Globo, PSDB e afins. Nem mesmo os 18 minutos no Jornal Nacional, na quinta-feira, 25/10/12, reta final do segundo turno, um resumão do mensalão, mudou o resultado da eleição municipal de São Paulo, ‘a mais importante do Brasil’, segundo uma renca de analistas globais e de outros jornais e revistas que não valem a citação.
“De poste em poste, Lula vai iluminar o país”.  A frase percorreu as redes sociais e se espalhou pelo Brasil. Mas Lula venceu ou perdeu? Na somatória dos votos, como um todo, ficou com 30% dos eleitores do país e vai administrar 77,7 bilhões de reais das verbas municipais, o valor mais alto. Seu maior inimigo, o PSDB, diminuiu o número de prefeituras. O PT aumentou; mas o jornal O Globo, em 30/10/12, anunciou uma derrota petista, numa inversão da lógica, pois o PT, desde 1982, só cresce, mas perdeu, segundo os irmãos Marinho. Fazer o quê, os médicos pediram pra não contrariar.   
Mas Lula e o PT perderam em várias cidades pro PSB, partido da base aliada, e em algumas capitais do Nordeste para a oposição. Menos mal. Particularmente acho extraordinário que a alternativa ao PT seja o PSB. Isso significa que a ladainha caquética dos tucanos não faz mais a cabeça do povo e, finalmente, a classe média entendeu que o resultado da ‘administração’ tucana é a falência do ensino público, o caos na segurança pública, juros altos, desemprego, moeda depreciada e venda a baciada do patrimônio publico produtivo.
Só de lembrar que essa gente queria vender a Petrobrás, me dá arrepios na coluna. E, diga-se de passagem, seria uma transação com apoio da imprensa. Lembrete: tudo o que favorece os EUA e ferra o Brasil tem apoio da mídia: Globo, Veja, Folha de SP e entreguismos mais.
Mas o melhor do espetáculo foi ver o ídolo da elite decadente, Joaquim Barbosa Néscio I que, no esperado momento glorioso de atribuir as penas aos demônios do mensalão, também na reta final do segundo turno, errou! Tal como um calouro, um inepto, determinou multa e penas impossíveis. Alertado ao pé do ouvido, pois é um pit-bull à beira de uma crise de nervos, com uma obsessão de agradar a mídia e a elite, aceitou a soprada de Fux. Tirou os óculos e consultou no código penal, uma colinha, eh! eh! eh!; leu sobre o quê tinha de fazer.
Alguns dirão que o código está ali para ser consultado, mas o ‘herói’ deixou claro que o espetáculo é mais importante do que o julgamento, pois não havia estudado corretamente, negligenciou o dever de casa. Deixou Merval Pereira, ‘imortal’ comentarista da Globo, irritado: “Esse Joaquim não sabe usar o ‘chicote’! Não serve pra Capitão do Mato”, cuspiu o ‘intelectual’. Se a sessão do STF fosse gravada e depois transmitida, dava pra editar, igual nas novelas, ou no JN, mas ao vivo, hum!, a lambança escorreu na tela.
E já que Roberto Jeferson, delator do mensalão, ‘sempre’ diz a verdade, foi ele quem melhor definiu o que é o Lula: a cantiga do povo. E ela não acaba e não envelhece. Lula transformou o voto do brasileiro em algo existencial, material e sinônimo do afastamento da miséria.
O falso moralismo da Casa Grande da elite não cola mais. Quero saber o que ela dirá quando se lembrar de 1993, 13 de maio, — dia simbólico — na Folha de São Paulo, sobre a publicação da declaração do então deputado do PFL, Ronivon Santiago, do Acre, na primeira página que: “...recebi 200 mil reais para votar na reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso”. 
            No outro dia, 14 de maio de 1993, a Folha publicou que: “Nova fita liga Sergio Motta a compra de votos no Congresso para reeleição de Fernando Henrique Cardoso”.
Bem que dizia Cazuza: “a tua piscina tá cheia de ratos, joaquins, fernandos e suas ideias não correspondem aos fatos”. Mas na urna os habitantes das senzalas são livres. 13.