quinta-feira, 28 de junho de 2012

Rua Jogo de Bola





No Rio de Janeiro também tem Rua Jogo da Bola 



As ruas
Às vezes me causa estranheza o nosso comodismo, ou a nossa amnésia, ou nossa capacidade de perdoar, ou é tudo junto. Em nosso senso comum cidadão, catalogamos e definimos os políticos como pessoas não confiáveis, indivíduos movidos por interesses próprios e com discurso hipócrita. Porém, depois de mortos, se transformam em nomes de ruas. São as entidades cívicas que estão 'firmes' abaixo de nossos pés, onde nos apoiamos sem o mínimo pudor, o nosso chão, a nossa base, a nossa ética, o nosso endereço. “Me mostre o nome do solo em que pisas e lhe direi quem és!”
E esse hábito de nomear as ruas e as praças com as 'graças' de entidades cívicas pode ser catastrófico. É que os nomes desses espíritos maléficos, estampados na pele do mundo, talvez nos intoxique com a história de suas vidas 'públicas', a ponto de incorporarmos suas personalidades e valores ( i ) morais. E olha que a Cabala já dizia isso e antes mesmo da criação do Mundo: “a palavra escrita numa parede pode destruir ou salvar o universo, pois dela emana energia negativa e/ou positiva”. Imagine o dia em que inaugurarem a rua José Serra! Claro, São Paulo seria destruída imediatamente.   
 Por isso admiro o escritor Gabriel Garcia Marques, com os seus 100 anos de Solidão e seu prêmio Nobel. Se não me falha a memória, o último livro que escreveu se chama: Memórias de minhas putas tristes. Só o título é maravilhoso. Agora, ninguém escreveria, em sã consciência, um romance que se chamasse: Memórias de meus políticos larápios. Claro, seria um fracasso de vendas. Mas o fato é que não sentimos vergonha de imprimirmos seus nomes em nossas ruas, avenidas, praças, museus, hospitais, escolas. Será um desejo (in) consciente de cercarmo-nos dos nomes que nos lembram qual ‘postura correta’ devemos seguir?
Na opinião desse pobre escriba, as ruas das cidades deveriam ter os nomes das putas, dos palhaços, dos operários, dos desempregados, dos poetas, dos boêmios, dos jogadores de futebol (imagine a Avenida Garrincha cruzando com a Rua Gerson?). Mais ainda: imagine você chegando em casa lá pelas tantas e sua mulher com o chinelo nas mãos e você dizendo: “tava lá na esquina do Garrincha com a Gerson, no boteco Canarinho!”. Talvez ela até ela pudesse perdoar. Mas se você dissesse: “...tava na confluência da Aécio Neves com a Fernando Henrique Cardoso!” Hum! Como sei que ela é honesta, meu amigo, é chinelo, televisão, sofá, tudo atirado em sua direção.
Ou melhor ainda: se colocássemos conceitos, idéias, termos, ditados populares nas placas que indicam o nome das ruas, para que evitemos o abraço do esquecimento: Rua Mortalidade Infantil: toda infância é sagrada! Rua AIDS: use camisinha! Rua Maria da Penha: bater em mulher é covardia! Rua Liberdade: todo preconceito é abjeto! Rua Bolsa Família: a fome é nossa maior omissão! Rua Do Livro: sua inteligência depende do salário do professor! Rua videogame: ande um pouco de bicicleta! E ad infinitum.
Eu iria querer morar na Rua Monteiro Lobato, sempre quis experimentar os bolinhos de Tia Anastácia. Depois procuraria a Rua Jorge Amado, para ver a beleza crua e inocente de Gabriela. Depois a Rua Vinícius de Morais: onde a banheira seria meu escritório e nada mais me faltaria!  
PS: Há anos, numa outra galáxia, eu e um grande amigo, Dida Bruce, caminhávamos pelas ruas de Tiradentes, MG, depois de navegarmos por mares de cerveja ao longo do dia; encostamos nossas carcaças num poste, rodeado pelo casario antigo, e tava lá na placa sobre nossas cabeças: Rua Jogo de Bola.                                          

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Paul MacCartney



70 anos de Sir Paul MacCartney  

como e o Bruno Rocha estamos às voltas com Ukelelê, coloquei o velho mestre com um em mãos. Abraços..

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Ao Inverno

Ao nosso belo inverno azul que chegou e nos acolhe em dias de vinho, em meio a mangas compridas, chocolate, café, pão de queijo. não levantar cedo. jamais!! 


domingo, 17 de junho de 2012

A crise



A crise é um grande fantoche nas mãos dos especuladores mundiais. Ela é usada como motivo para implantação de medidas conservadoras e nada sociais, em países onde emerge, assim, sem aviso. Normalmente é causada por esses mesmos investidores/especuladores das Bolsas de Valores. E, numa bela ironia, são os próprios causadores dos problemas que acabam por impor aos Estados (by FMI) a ‘cura’ para as anomalias desencadeadas por eles mesmos. Vivemos dias maquiavélicos, caro amigo, pois a crise dá lucro aos investidores.
Quando a crise se abate sobre um país, o resultado é o desemprego, a desvalorização da moeda, a inflação e o contínuo aumento da sensação de desespero; vide Grécia nos dias atuais. Nessa hora cabe ao Estado uma intervenção capaz de serenar os ânimos e colocar o bonde sobre os trilhos, e de preferência, em andamento. Pro bonde andar, é preciso grana. Em tempos de crise, a grana é acumulada sob a guarda de poucos, que não abrem mão dela, nem que a sociedade em que vivem venha a falecer por completo. O Estado, então, vira suas garras para os setores já miseráveis da sociedade e solta sua pérola: “É preciso apertar os cintos!”
Data vênia, em períodos de vacas gordas, digo de produção a todo vapor, empresários-investidores-especuladores propagam a ideia de que, ‘quanto menos’ intervenção do Estado na economia, melhor. O que mais atrapalha, segundo eles, são os impostos, se não houvesse tantos impostos, a economia funcionaria mais azeitada. Mas assim que acumulam um lucro exorbitante, escondem essa riqueza em paraísos fiscais e a sociedade que ajudou a produzi-la que se lasque. Quando o ‘pé-de-meia’ começa a minguar, em função da manutenção de uma vida fútil e esbanjadora, o especulador/investidor volta a criar lastro com a produção. Segue assim esse ciclo cruel e justificado através de discursos ditos modernos: o capital deve ser internacional, não deve ter pátria, dever ser livre para ir e vir, mesmo que cause a desgraça de gente honesta e trabalhadora.  
Você quer saber por que os discursos midiáticos se colocam sempre a favor da crise e do uso sócio-econômico-político-cultural que se faz dela? A resposta é simples: a mídia e seus especialistas, profetas do neoliberalismo, são patrocinados pelas grandes empresas, bancos e até mesmo por investidores-especuladores. Assim, o jornalismo midiático globalizado absorve conceitos que devem ser implantados nos ouvidos da população do mundo, e recebe muito dinheiro pra isso, — muito mesmo —, para transformar a ficção cultuada pelos especuladores em realidade: repetem como papagaios: “é preciso apertar o cinto, meu povo!” Dessa maneira, todas as soluções são sempre contra as questões sociais e a favor das hienas que saboreiam a putrefação da sociedade, que permanece a maior parte do tempo impotente.
 Você, leitor, nunca ficou incomodado com o fato de nunca alcançarmos a calma, a tranqüilidade, a bonança? E que há sempre uma espada sobre nossas cabeças, pronta para nos decepar, caso resolvamos acreditar que ‘outro mundo seja possível’, sem a urgência, a paranóia e a submissão aos especuladores, que controlam o Estado, tanto politicamente, quanto midiaticamente?
As crises, no Brasil, historicamente, já foram usadas para estimular as privatizações, a redução das aposentadorias, pro aumento das taxas de energia, na disparada do preço da comida, da ineficiência da educação, da ampliação da dívida externa, do sucateamento do serviço público e do aumento de impostos. Sim, o governo de Fernando Henrique, parte II, tinha muito do ‘governo’ de Luís XVI, da França absolutista, séc. XVIII, o qual foi banido por uma revolução: o povo tinha fome, necessidade de trabalho, liberdade e lhe faltava prazer pela vida: o resultado foi a decapitação de Luís XVI.   
No Brasil, a revolução veio pelo voto: o Governo Lula, parte I e II, criou as maiores reservas cambiais da história, 30 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza, o preço da gasolina ficou estável, a energia elétrica também se manteve em patamares aceitáveis, o salário mínimo subiu mais que a inflação, o nível de emprego subiu e o Brasil melhorou sua imagem no exterior. Mas segundo a Globo, a Folha de SP, Estadão, Veja (do Cachoeira) e detritos mais, o governo Lula foi o governo mais corrupto, nocivo e antiquado que se tem notícia. Não, eu não sou petista, sou realista e olho pro meu bolso, pra minha mesa, pro tanque do meu carro, pros meus filhos com um futuro pela frente e quero mais Dilma.                       

terça-feira, 12 de junho de 2012

O Eclesiastes



Nada é mais belo na Bíblia do que o Eclesiastes, que significa, a groso modo, o ‘pregador’, aquele que anuncia aos quatro ventos que tudo no mundo é mera vaidade, e que não há nada de novo sob o sol dos dias terrenos. Sua autoria é atribuída ao Rei Salomão, no período conhecido como exílio da Babilônia. Mas o que os teólogos tendem a acreditar, em dias atuais, é que foi escrito por muitos. Talvez o primeiro livro escrito por várias cabeças, com tendência ao pluralismo ético, moral e cultural. Um aglomerado de aforismos que têm como tema principal, a imbecilidade de ser vaidoso.
Me lembrei do Eclesiastes, dias desses, re-assistindo ao filme Matrix. Em certo ponto da história, os personagens trocam impressões sobre aquele mundo irreal e dizem: “o oráculo me disse que isso aconteceria”. A frase foi como um estalo e me levou ao seguinte raciocínio: “o profeta, seja ele quem for, só pode profetizar sobre um mundo cíclico, onde nada é novo, tal como diz o Eclesiastes”. Até aí, sem novidades, só mais um ‘estalo’, um insight, uma ‘Eureka’, um satori, ou o nome que você queira dar a esse tipo de pequena revelação.
Do Matrix ao Eclesiastes; do Eclesiastes aos mortos de minha família. Apesar de meu ceticismo orgânico e do meu navegar em mares ateus, por vários momentos da vida, converso com os mortos de minha família. São bons conselheiros. — Não, eu não sou kardecista. Normalmente eu os bombardeio com perguntas e os espero responder. Até empresto minha própria voz para que respondam. No fundo é uma conversa que tenho comigo mesmo, que todos nós temos em nossos interiores. Platão chamava a isso de Dianóia; já os caboclos do mato, ‘inda hoje, chamam de matutar.
E de tanto matutar sobre Matrix e o Eclesiastes, cheguei a certos questionamentos: se nada é realmente novo sob o sol do mundo, por que seria pecado a homossexualidade, — mais velha que andar pra frente —, como pregam as vozes da vaidade moral das Igrejas Cristãs Modernas? É possível não entender que, tanto o papa Bento XVI, mais seu staff, com suas roupas estilizadas, chamativas e caríssimas, quanto o Pastorado Evangélico, com seus ternos e discursos banhados a riqueza e prosperidade, sejam outra coisa além de monumentos à vaidade? Cristo usava um cajado e uma bata velha, não se vestia como uma alegoria de Escola de Samba medieval, no caso católico, menos ainda como um MIB, os homens de preto, no modelo evangélico. Quem tem a posse da verdade: Cristo, os católicos e/ou os evangélicos?
Vamos nos lembrar que o primeiro sintoma de vaidade é a posse da verdade. Depois vem a idéia de exclusividade sobre ela. E finalmente, a imposição aos outros, através de instituições que se multiplicam como franquias. Imaginemos um dia o McDonald’s a gritar aos sete cantos do mundo que é o único e legítimo proprietário do hambúrguer. O Eclesiastes diria: vaidade. É exatamente o que papas e pastores fazem sobre a história e as palavras de Cristo: elas lhes pertencem, tal como numa patente. E é com base nessa posse ilusória, vaidosa, que impõem aos outros as maneiras de se vestir, desejar, amar, odiar, criar os filhos, pensar, pecar, perdoar, enfim, existir.
Mas é notório que a existência evolutiva, — a benção, Darwin —, segundo o próprio Eclesiastes, é anterior as instituições religiosas, políticas, econômicas e culturais. Até mesmo o judaismo-cristianismo-islamismo, filhos da mesma árvore teológica, não podem ser considerados novidades sob o sol do mundo. Afinal, nada é novo e tudo é mera vaidade cíclica na cabeça de primatas que sonharam e sonham com deuses.
“Em suma”: tudo o que nasce já traz em si o germe da decadência, e só consegue manter-se impositivamente aos outros se der as mãos à vaidade; mas não custa relembrar que, o Mundo está fadado a um fim, mesmo antes de seu próprio apogeu. E é justamente isso que mais me fascina no Eclesiastes: o ‘pregador’ é um iconoclasta e não perdoa nenhuma edificação, nem mesma a que o abriga: a própria Bíblia. Talvez, por isso, em edições mais sofisticadas do livro dos livros, no rodapé do Eclesiastes, se lê que é preciso cuidado na leitura desse texto, pois o mesmo pode soar a ouvidos menos atentos que foi um ateu quem o escreveu.
Extraordinário paradoxo, a Bíblia traz em si o germe da destruição das vaidades humanas e divinas, ambas perecíveis nesse Mundo que, futuramente, será uma vastidão de pó. Não há como sustentar a vaidade com alicerces de pó, “nem mesmo o diabo no meio do redemoinho, no meio das ruas desertas”.                

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Dignidade




Basta apenas um segundo para se sentir caridoso, de mãos dadas com a bondade, em paz com os desígnios dos céus e de bem consigo mesmo, tudo isso naquele exato momento em que jogamos a esmola na mão suja e fedida do irmão mendigo, que nos pede migalhas. Pergunto: suas necessidades, seu sofrimento, sua angústia, solidão e desamparo existem para que os bons possam praticar o bem?
Antes que se pense numa resposta meramente binária, não acho que a esmola seja motivo para vaidade. Sim, aquele que dá a esmola o faz para mostrar a si mesmo como algo que incorpora o bem aos olhos dos outros: “vejam, eu sou bom, eu dou esmolas e quero aplausos, sou o melhor cristão que há!”. O glamour da misericórdia soa como hipocrisia que desfila diante da miséria da condição humana.
Eu nunca quis me alimentar da miséria para me tornar um homem bom e justo. É como num tétrico conto de fadas: o indivíduo acorda, abre a janela e agradece: “que bom que há bastante miséria no mundo, pois assim posso provar que sou bondoso”. É uma lógica bizarra, degradante e desonesta. O cristão, ao meu ver, deveria ser como o sal da terra: onde houvesse injustiça, que ele levasse a ética, e não o anestésico.
O Bom Combate é aquele que é feito diretamente contra a causa e não contra as conseqüências do mal. A causa da miserabilidade humana é a macroeconomia: enquanto chafurdarmos no Capitalismo, teremos degradação e gente jogada nas ruas, sem direito a dignidade. Mesmo que nas igrejas, — sejam católicas, evangélicas ou espíritas — se entregue cestas de alimentos, roupas e, às vezes, até carinho, de nada adiantará se faltar aos homens de boa vontade, o anseio pelo bom combate na construção de um mundo melhor e mais justo. Deve-se cravar a espada no coração do ‘Diabo’ e tombá-lo ao chão.
Ah! Imagino o quê Martinho Lutero não diria aos seus, que no Brasil intitulam-se evangélicos, se ele pudesse ouvi-los em suas pregações medievais e tacanhas, ao mesmo tempo em que se afastam das questões sociais. A doutrina protestante, no Brasil, se limita ao Mito da Criação: Adão e Eva, ao exorcizar do Diabo, ao estímulo de doações, às proibições dos direitos civis das relações homoafetivas e à glorificação da fraqueza no coração humano. O Homem nasceu para ser forte e justo. E não fraco e piedoso.
Devo, como um ser humano, lutar contra aquilo que faz meu irmão rastejar como um verme e não sentir-me feliz só porque lhe dei um par de meias furadas. Cristo não teve medo de lutar contra o mal que pairava sobre o mundo. Com um cajado em mãos, quis destruir o Templo dos Vendilhões, a Bolsa de Valores da época. Foi morto por isso. Em nosso tempo, quem destruiu o prédio da Bolsa de valores foi Bin-Laden. — Fique tranqüilo, eu não sou islâmico, há bastante racionalidade em mim.
Você deve estar se perguntando, — se é um humano de boa vontade —, qual então seria o cajado que devo usar para enfrentar esse Satã capitalista especulador moderno, que anda a destruir a Europa, e outras áreas do globo, e pode consumir o mundo todo?  A reposta é: a política. A dignidade vem pela implantação de políticas sociais. Sim, eu sou a favor da meritocracia, mas ainda não se conseguiu um sistema político/econômico, ao longo da história da humanidade, que integre a todos como numa grande ceia. Não acho normal que haja excluídos, mesmo que em pequenos números. Baixas taxas de desemprego e de miséria aliviam nossa consciência. E esse talvez seja nosso maior crime: omissão.
O capitalismo corrompe tanto a alma humana, que Vitor Hugo, escritor francês do século XIX, demonstrou em sua obra, Os Miseráveis, um mundo permeado por uma falsa meritocracia, onde os indivíduos confundem a ambição com a ganância e se comportam como vermes na luta por migalhas. A lógica de Hugo é clara: a pobreza material leva à pobreza de espírito. Dessa forma, ao indivíduo, só resta a degradação de si mesmo para sobreviver (vegetar) num mundo cruel e indigno.
Para evitarmos essa ‘ética miserável’ do capitalismo, precisamos de políticas sociais, tanto quanto de oxigênio. Aquele cartão magnético que permite ao seu portador a dignidade da privacidade de se poder extrair, de um caixa eletrônico, as parcas notas que irão possibilitar a aquisição de proteínas, carboidratos e vitaminas, necessárias para que seu corpo fique em pé, é sim, o início de um caminho à dignidade.
Enquanto o catolicismo, o protestantismo (evangélicos) e derivados não pagam impostos, no comércio de seus ‘objetos sagrados’ e mais doações que recebem, precisamos democratizar o máximo possível as políticas de Estado e os recursos que ele arrecada. Liberdade e dignidade é igual a poder viver com os seus, sem precisar pedir nada a ninguém, ao mesmo tempo em que se é capaz de ser fraterno e solidário.

domingo, 3 de junho de 2012