Quem diria que em pleno séc. XXI um livro ainda poderia causar rebuliço no meio político e nas redes sociais. Não, a grande mídia não divulgou nada, ignorou peremptoriamente o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., A PRIVTARIA TUCANA. Obra que revela, com base em documentos verídicos, o sistema de desvio, lavagem e apropriação indébita de dinheiro público, no período das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso, sob orquestração do então Ministro do Planejamento, o extraordinário tucano de altíssima plumagem, o ex-governador José Serra. Em poucas palavras, para assombro até mesmo deste cronista, perto do que fez e faz Serra, segundo Amaury Ribeiro, Maluf se torna um dos homens mais honestos da face da Terra. Barbaridade, tchê! Já vistes até aonde vão as denúncias? Então leia, caro leitor. Compre O LIVRO.
Sim, as redes sociais não pararam mais de falar no assunto desde o lançamento do livro. A Rede Record e a revista Carta Capital furaram o silêncio da mídia tradicional e, através desses dois veículos, foi possível ver a reação dos congressistas: o deputado Protógenes Queiróz (PCdoB) já conseguiu mais de 170 assinaturas para iniciar uma CPI; o Senador Álvaro Dias (PSDB), paladino da justiça, com aparições diárias nos jornais televisivos, colocou a viola no saco e não quis gravar entrevista nenhuma; o Senador Aécio Neves, também do (PSDB) disse que não é o ‘tipo de livro que ele gosta de ler’, mas encerrava as entrevistas com um sorriso do tipo colgate. Afinal, Serra é quem catalisa toda a podridão revelada pelo LIVRO. Melhor pra Aécio, pois na próxima disputa interna do PSDB, Serra, quem sabe, possa estar, digamos, em estado de ‘ficha suja’. Assim, ‘inconcorrível’ nas prévias do partido.
Pra se ter uma idéia, a filha de Serra, Verônica Serra, abriu uma empresa no Caribe, paraíso fiscal, com capital inicial de 100 dólares, à época das primeiras privatizações. Semanas depois, o capital da empresa passou para 100 milhões. Barbaridade, tchê! Esse milagre nem o Maluf com os anões do orçamento poderiam fazê-lo!. E tem mais, além da multiplicação dos dólares de origem, no mínimo, desconhecida (entenda pública), Verônica Serra era e é sócia de Daniel Dantas, sim o mesmo que foi preso na operação Sathiagraha por lavagem de dinheiro e solto horas depois, por um habeas corpus conseguido por seu advogado, pelo telefone, com o Ministro da Corte Suprema, Gilmar Mendes. Sim, leitor, o caroço desse angu tem ramificações quase que inexplicáveis, de tão óbvias que são.
Mas a maior revelação ficou por conta da mídia: a máscara caiu e aquele papo de que os jornais, os canais e as revistas semanais tradicionais são imparciais, foi-se pelo esgoto, junto com a moral de Serra. Nós, cidadãos, corremos perigo, pois se esse grupo Tucano voltar ao poder Federal, não será através dessa mídia tradicional que ficaremos sabendo de alguma coisa de nosso interesse. O quarto poder será só mais um Ministério. Eh! Eh! Eh! o da informação!
Chamamos a isso de maniqueísmo, e todo maniqueísmo é antiético. Entenda que a construção de uma imagem duradoura e honesta de políticos (tucanos), para que os mesmos nunca saiam do poder do estado de São Paulo e quem sabe, não acabem com o governo Federal nas mãos um dia desses, é abjeta. Esperamos que tal imagem tenha sido desmontada, pois tinha um Amauri Ribeiro no meio do caminho, com O LIVRO, A PRIVATARIA TUCANA.