solitários perante a turba.
O anseio e o desejo nos alastram mundo afora.
O vento trucida a pele.
E o mar chama ao longe.
Porque é preciso terra nova,
limo novo para os pés,
lábios novos para o sangue,
eletricidade nos olhares.
Um fervor de carnívoro à selva urbana.
Porque choramos baixo,
no depois do sol da tarde.
É a dança da vulnerabilidade,
uma valsa silêncio.
Compassos de mágoas na carne.
Porque humanos, sofremos,
se não houver desejos gozosos,
louvores e possibilidades de amores odiáveis.
Anjos estúpidos a semear vaidades.
Porque humanos, morreremos da vasta degustação da carne.