O espetáculo que nos devora em nosso 'ilhamento' social, exala por todos os poros. Alìcio, do chora o guatambú (vide em links deste blog), em suas postagens temperadas pela luta de todos os companheiros, nos trouxe Camilla Vallejo, líder estudantil chilena, que bela, mui bela, poderia estar nas capas das revistas, ou com o celular no decote, tal como a musa da seleção de futebol do Paraguai, Larissa Riquelme, mas pelo contrário, anda a proliferar petardos espetaculares no Estado chinelo e sua inépcia educacional; pleoanasmo para quase todo governo da América do Sul, em se tratando de educação.
Me peguei a pensar com meus guatambús sobre o que era O Capital, do velho e não menos essencial, Karl Marx. Um manual que determina todo seu funcionamento, que deixa claro que somos explorados e não o percebemos, não na profundidade em que ocorre, mas que nos é óbvio, basta olharmos no espelho, abrir a dispensa, passar no supermercado, ou olhar a opulência dos poderosos.
Mas me atento à questão de Debord: brigar com um Estado, se ele deve ou não financiar a educação, não é só uma parte de um espetáculo? Sei que estudar sem mensalidades é bem melhor do que pagar, já que pagamos impostos, mas não são só dois textos possíveis num espetáculo de papéis marcados?
Eu sei, Debord acenava com um 'pós-anarquismo num mundo ainda não anárquico' - gilbertismo-gil à parte - e não para um socialismo stalinista, justificável pela popularização de taxas de um Estado paternalista, que assim seria mais justo e por consequência, verdadeiro.
Mas retornando ao Capital. Saber em pormenores o funcionamento do sistema capitalista, através de um livro, é espetacular e nada mais contraditório, pois é isso que o fez sobreviver ao longo dos séculos; pois ao ser bobardeado por críticas, ele se adequada às mesmas sem mudar em essência: vide direitos trabalhistas na contínua luta de classes. (vejam a mim em lapso, emprestando marx de marx mesmo, para tentar provar uma tese que não é minha, mas de Debord) ).
Assim, num paradoxo, foi O Capital (onde por de trás de suas linhas se ouve a voz do socialismo) quem possibilitou o longo rastejar de um sistema, 'decorado como decadente e fadado ao fracasso', nesse espetáculo que é ele mesmo, e em metamorfoses que chegam ao máximo da produção de rebeldias, ao permitir discursos da 'social-democracia' como sinônimos de ética e de revolucionarismos. (?)...
Uma analogia: o bom e velho Nietzsche disse que o cristianismo só não ruiu, porque Lutero, "aquele monge impossível", deu folego 'moral à doutrina', e ela se arrastou até nós, do jeito que a conhecemos hoje: um corpo prestes a falecer, diante de tanta hipocricia; teria Marx feito o mesmo que Lutero, com o capitalismo, ao escrever O Capital e desencadear as críticas e lutas no âmago dessa patologia?
Em outras palavras, o socialismo, vírus rebelde, reforçou o sistema imunológico do capitalismo?
AHH! que lá onde o vento faz a curva é que o cachorro morde o rabo, sô! Mas continua latindo e o vento soprando!! Trem doido!!!
Me peguei a pensar com meus guatambús sobre o que era O Capital, do velho e não menos essencial, Karl Marx. Um manual que determina todo seu funcionamento, que deixa claro que somos explorados e não o percebemos, não na profundidade em que ocorre, mas que nos é óbvio, basta olharmos no espelho, abrir a dispensa, passar no supermercado, ou olhar a opulência dos poderosos.
Mas me atento à questão de Debord: brigar com um Estado, se ele deve ou não financiar a educação, não é só uma parte de um espetáculo? Sei que estudar sem mensalidades é bem melhor do que pagar, já que pagamos impostos, mas não são só dois textos possíveis num espetáculo de papéis marcados?
Eu sei, Debord acenava com um 'pós-anarquismo num mundo ainda não anárquico' - gilbertismo-gil à parte - e não para um socialismo stalinista, justificável pela popularização de taxas de um Estado paternalista, que assim seria mais justo e por consequência, verdadeiro.
Mas retornando ao Capital. Saber em pormenores o funcionamento do sistema capitalista, através de um livro, é espetacular e nada mais contraditório, pois é isso que o fez sobreviver ao longo dos séculos; pois ao ser bobardeado por críticas, ele se adequada às mesmas sem mudar em essência: vide direitos trabalhistas na contínua luta de classes. (vejam a mim em lapso, emprestando marx de marx mesmo, para tentar provar uma tese que não é minha, mas de Debord) ).
Assim, num paradoxo, foi O Capital (onde por de trás de suas linhas se ouve a voz do socialismo) quem possibilitou o longo rastejar de um sistema, 'decorado como decadente e fadado ao fracasso', nesse espetáculo que é ele mesmo, e em metamorfoses que chegam ao máximo da produção de rebeldias, ao permitir discursos da 'social-democracia' como sinônimos de ética e de revolucionarismos. (?)...
Uma analogia: o bom e velho Nietzsche disse que o cristianismo só não ruiu, porque Lutero, "aquele monge impossível", deu folego 'moral à doutrina', e ela se arrastou até nós, do jeito que a conhecemos hoje: um corpo prestes a falecer, diante de tanta hipocricia; teria Marx feito o mesmo que Lutero, com o capitalismo, ao escrever O Capital e desencadear as críticas e lutas no âmago dessa patologia?
Em outras palavras, o socialismo, vírus rebelde, reforçou o sistema imunológico do capitalismo?
AHH! que lá onde o vento faz a curva é que o cachorro morde o rabo, sô! Mas continua latindo e o vento soprando!! Trem doido!!!