o corpo impressionista se dissolve na luz aberta do espaço.
Sem burocracia ou moral,
o corpo, essa desejada obra de arte,
se dissolve no soneto, no vinho,
sugamo-lhes a alma, como os olhos de
Renoir.
Sim é fato, os dybbuks escrevem, desenham, fazem serenatas.
Têm medo, muito medo,
que toda sociedade lhe aponte o dedo:
"lá vai o cultuador de corpos, o devorador de almas, o semeador de sonhos."
Oh! cárcere maldito que nos prende sem grade alguma.
Hamlet, esse dybbuk inveterado, sabia o quanto
é torturoso não viver, não ser..
Me tornei um cordeiro, um fiel,
uma triste ilusão desejosa de dissolver-se na luz,
e encontrar o amor eterno,
expressado assim, simples e ardentemente,
pela retina angélica e 'augusta' de Renoir...
August Renoir, mais um pisciano que desejava a luz...