terça-feira, 3 de setembro de 2013

O quadro da mulher nua





o corpo impressionista se dissolve na luz aberta do espaço. 
Sem burocracia ou moral,
o corpo, essa desejada obra de arte,
se dissolve no soneto, no vinho, 
sugamo-lhes a alma, como os olhos de 
Renoir.

Sim é fato, os dybbuks escrevem, desenham, fazem serenatas.
Têm medo, muito medo,
que toda sociedade lhe aponte o dedo:
"lá vai o cultuador de corpos, o devorador de almas, o semeador de sonhos."

Oh! cárcere maldito que nos prende sem grade alguma.
Hamlet, esse dybbuk inveterado, sabia o quanto
é torturoso não viver, não ser..

Me tornei um cordeiro, um fiel, 
uma triste ilusão desejosa de dissolver-se na luz, 
e encontrar o amor eterno, 
expressado assim, simples e ardentemente, 
pela retina angélica e 'augusta' de Renoir... 

August Renoir, mais um pisciano que desejava a luz...