sábado, 9 de julho de 2011

A FLIP É A VEJA DA LITERATURA


JOÃO UBALDO NA FLIP 2011

Repórter "Qual a sua primeira impressão da Flip, João Ubaldo?", foi a pergunta na noite de entrevista concedida pelo escritor baiano, que participa pela primeira vez da festa literária de Paraty.

João Ubaldo "Nenhuma. Só que está fazendo frio. Cheguei hoje à tarde, fui dormir e acordei agora", disse ele, causando risos

Crítica passada de João Ubaldo Ribeiro ao evento: boicotou a Flip em 2004, alegando ter sido subestimado em detrimento de autores estrangeiros e que a festa era voltada a autores da Companhia das Letras.

Ainda sobre a FLIP: se tais eventos ajudam a formar leitores. "Merecia um estudo mostrar o que acontece com esses festivais literários, que têm se proliferado tanto. Sou a favor desses eventos. O que não sou a favor é de ir muito a eles", brincou.

Entendo que a FLIP é mais um evento ligado ao turismo de Paraty do que realmente uma festa do livro. Penso até mesmo que, nem a Bienal do livro o é; são boas propostas mal administradas; mas é melhor com esses eventos do que sem eles. Teoria do menos mal é melhor do que um mal maior: a ausência de feiras literárias.

Acho que Paraty e turistas deveriam reverenciar, todo ano, a Julio Verne, Amyr Klink, Moby Dick, a história dos índios (literatura caiçara) e não somente uma feira patrocinada por uma editora com seus autores que escrevem sobre...ah!, ...qualquer coisa que venda. Seja aqui ou em NY. Amyr Klink e Julio Verne não foram ainda aplaudidos o suficiente. (em minhas viagens literárias, Amyr Klink é um personagem que saiu de uns dos livros de Julio Verne e hoje anda pela Terra)

A FLIP está para a literatura, assim como a Veja está para o jornalismo.