sábado, 14 de janeiro de 2012

A Primavera da Blogosfera


A charge é da época do governo Lula, mas ainda é atualizada o suficiente para se explicar a Primavera da Blogosfera, em dias atuais

Vamos comparar a Primavera Árabe com o que ocorre em países ditos democráticos, com Mídia Livre, (digo Imprensa Livre de interesses éticos) e se podemos concluir o quê significa, tanto a Primavera Árabe, quanto a Democracia dos países Capitalistas-ocidentais-democráticos-by- EUA.

Nos países Árabes, onde já é tradição os governos pautarem-se em Ditaduras, iniciaram-se protestos populares organizados pela Internet, torpedos e celulares. Nessas Ditaduras, a mídia, claro, é amordaçada. Conforme os povos árabes se mobilizavam nas praças, a Mídia Ocidental se regozijava: “ ...ninguém segura o trem bala da Internet com suas redes as sociais!”

Tem sido esta a voz geral para se explicar o fenômeno: “os hábitos ocidentais de consumo digitalizados se tornaram sinônimos de civilização avançada em estado de 'democracia profunda'”. Beleza: “Temos um Steve Jobs a nos abençoar!” E sua benção vai até aos árabes, sem distinção. Ohh! Como somos livres!

Se bem que tenho medo que toda essa gritaria e queda de ditadores árabes e carniceiros do poder, assim o espero, não ressuscite uma onda islâmica-teocrática-medieval afastando-se do Laicismo e justamente pelos métodos que o levaram ao centro dos conceitos políticos do senso comum ocidental: democracia e república através da liberdade de expressão e movimentação de massas. Mas a história desses homens não é a minha; cada povo deve escrever a sua.

Porém o feitiço caiu sobre o próprio feiticeiro em terras brasileiras. Tinha um Amury Ribeiro Jr, com seu livro, a Privataria Tucana, bem no meio do caminho da Mídia brasileira, 'f'iel defensora' da democracia no país.

Hummmm! Aí foi a hora da Globo, Veja, Folha de SP e Estadão se comportarem como a imprensa da Coréia do Norte, Cuba, China e TVs e Jornais árabes: calados diante de uma realidade trazida a tona por um livro, que tem como finalidade revelar um esquema de lavagem de dinheiro nas Ilhas do Caribe. Tudo organizado por José Serra e derivados à época da quebra dos monopólios estatais no ‘governo FHC’.

Observação: o livro bateu recordes de vendagens: mais de 200 mil exemplares em 3 semanas. E nem uma notícia nos jornalões e TVs de consessões públicas. Pra não dizer que foi tudo um só silêncio, a Record noticiou; Boechard, da Band, comentou na Rádio Band e de maneira indginada: "Por que esse silêncio?"

Assim, da mesma maneira que nos países árabes, foi a Internet quem furou o bloqueio feito de silêncio pela tradicional mídia brasileira. O efeito ‘PRIVATARIA TUCANA’ veiculado pela blogosfera e redes sociais imopuseram uma pauta que desceu goela abaixo das empresas oficiais de informação. Resultado: ocorrerá uma CPI em 2012 para investigar como funcionava o sistema de lavagem de dinheiro criado por Serra, eterno candidato das elites. Uma vitória e tanto de blogueiros e outros partidos menores, sem acesso à grande mídia. Lembrando que, ao velho PT, interessa que a sujeira vá pra debaixo do tapete. ( nunca antes na história desse país, uma CPI foi criada sem a participação da grande mídia pressionando diretamente o congresso - aliás, diga-se de passagem, esse é seu papel -; no caso da PRIVATARIA TUCANA, foi a blogosfera quem fez isso.)

A pergunta que não quer se calar é: Globo, Veja, Folha de SP e Estadão ganham quanto para se comportar como os jornais da Coréia do Norte, China, Cuba e outras ditaduras para blindar Serra? O assunto é sobre a dilapidação do patrimônio público, além de uma revisão histórica e um xeque bem dado no Neoliberalismo. Por que esse silêncio absurdo e vexatório?

************************* O duro é ver jornalistas como Merval Pereira, Lúcia Hipólito, Mônica Waldvogel, Cristiana Lobo, Boris Casói, Joelmir Beting, Noblat e outra dezena de 'profissionais da informação' rasgando o diploma todo o dia e o transformando em papel higiênco. Lamentável.

E tudo isso para proteger Serra, alguém que, com sua mais recente história revelada por Amuri Ribeiro Jr, transformou Maluf num coroinha, dado o estrago de seu sistema de lavagem de dinheiro à época da quebra dos monopólios, no ‘governo FHC’.