Se não fosse a corrupção dos cartéis tucanos no metrô
de SP, um rombo próximo dos R$ 550 milhões, o preço da passagem estaria
custando, hoje, R$ 0,90. Covas, Serra e Alckmin, e até a campanha de FHC em
1998, foram ‘alimentados’ pelas empresas que ganharam as licitações ao longo
desses anos. Era isso o choque de Gestão que apregoavam os tucanos?
Alckmin quis sair pela tangente dizendo que, “...o
estado de SP foi lesado!”. Sim, nós sabemos e foi pelos governos dele, do Serra
e até por uma pitada do governo Covas. A classe média alta paulista está órfã.
Seus heróis são de carne e osso e não querem nem saber desse papo de que
dinheiro público é ‘sagrado’.
O PSDB nacional até agora não disse nada. Alckmin
tentou um segundo ato para sua reação de ‘espanto’, um teatro que tem como
finalidade a tentativa de dizer que, o governador ‘não tinha domínio sobre os
fatos’. ‘Dessa forma’, o governo paulista processou a Alston e a Siemens para
que devolvam o dinheiro provindo da formação de cartéis nas licitações das
obras do metrô. Ótimo! Mas pergunto: os tucanos não deveriam devolver o
dinheiro do financiamento de campanhas, primeiramente, para essas empresas,
para que depois elas possam ressarcir os cofres públicos?
No caso específico desse processo, se Alckmin afirma
não saber nada, passa a ser indiferente, para nós, cidadãos, se somos
governados por ele ou por uma banana, ou uma chuteira velha. Como o governador do estado de SP não sabe
nada sobre uma das maiores obras de transporte público do país? É essa gente
que quer voltar a governar o país?
Destruída a escola pública paulista, mais a inépcia na
saúde e ainda as privatizações sem sentido, ‘obra de deuses’, resta o PSDB um
pedido de desculpas nacional e um suicídio para nosso alívio definitivo. Por
favor, tucanada, vão para os EUA, China, Itália, Egito, qualquer lugar onde
acreditem nessa ladainha de choque de gestão e de privatizações a todo custo.
Na roça, em meio á sabedoria popular, o tucano é um
pássaro de mau agouro. Destrói galinheiros, rouba frutas e quando recebe muito
vento de frente, em seu voar atabalhoado, volta para ponto em que partiu. Ou
seja, voa pra trás. Uma anomalia, um desequilíbrio, uma ave que desafia as leis
da evolução e da inteligência de milhões de eleitores masoquistas desse
Brasilzão.
Quero das os parabéns ao Serra, filho de um feirante,
mas que hoje pode se orgulhar de sua filha, Verônica Serra, uma vitoriosa, que tem como sócio, Jorge Paulo Lemann, o
homem mais rico do País. Com um aporte de R$ 100 milhões, adquiriram 20% da
sorveteria Diletto, avaliada em R$ 500 milhões.
Gente fina é outra
coisa. Gente que, com certeza, não anda no metrô de SP.