Encharquei o sangue de vinho.
A escada me levou ao sol etílico.
Passei nuvens de pernas lisas.
O mar se partiu em faixas de som.
Encharcado de vinho o cipreste e liso.
Sinto o calor feliz humanidade.
O vinho é a chama da boca santa.
As mãos tocam o sino da alegria clara.
Riachos conduzem memória diamantes.
Olhos faiscando luz perdoada de luxúria.
É o vinho caminhante na sanguínea casca.
A procissão de Baco nas terras barrocas.
Larva em pó retirante. Eu, filho do porre!
Inverno-verão-primavera-solstício.
Rodopiando em meio ao salão do baile.
O globo de isopor girando, cheio de pedaços de espelhos.
A máscara é de carne mesmo.