sábado, 5 de março de 2011

Baco, carnaval nas brasas de Pompéia

Afrescos de Pompéia - as três graças

Encharquei o sangue de vinho.

A escada me levou ao sol etílico.

Passei nuvens de pernas lisas.

O mar se partiu em faixas de som.

Encharcado de vinho o cipreste e liso.

Sinto o calor feliz humanidade.

O vinho é a chama da boca santa.

As mãos tocam o sino da alegria clara.

Riachos conduzem memória diamantes.

Olhos faiscando luz perdoada de luxúria.

É o vinho caminhante na sanguínea casca.

A procissão de Baco nas terras barrocas.

Larva em pó retirante. Eu, filho do porre!

Inverno-verão-primavera-solstício.

Rodopiando em meio ao salão do baile.

O globo de isopor girando, cheio de pedaços de espelhos.

A máscara é de carne mesmo.