O Eu aspira comunicar-se com outro Eu, com alguém igualmente livre, com uma consciência similar à sua. Só dessa forma pode escapar da solidão e da loucura. (Ernesto Sábato)
domingo, 31 de julho de 2011
A CRUELDADE DE ALÁ
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Você sabe onde está o discurso nazista no Brasil?
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Dilma, os ratos e a imprensa
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Devemos amar a humanidade?
A humanidade errou feio ao longo de seu caminho. Tudo bem, faz parte de nossa essência errar; mas também é da nossa essência humana perceber os erros, salvo um momento de letargia coletiva. Ando preocupado com a maneira como os seres humanos vêm interpretando a si mesmos, nesse século. Em outras palavras, o documento que nos identifica, essencialmente, é o Registro Geral, ou o CNPJ? Sim, somos cidadãos ou micro-empresas ambulantes que andam pelo mundo achando-se ‘livres’?
Talvez seja difícil abordar o tema, mas vamos tentar: quando você está sozinho com os seus botões, como você interpreta o mundo e os outros à sua volta, caro leitor? No seu cérebro há um cidadão, ou alguém que pensa como uma empresa? Se a resposta for “uma empresa”, não se culpe, é que fomos condicionados a pensar assim na construção de nossa sociedade e não de outra forma. Construímos um mundo-empresa que nos descarta quando somos produtivos.
Quer saber de alguns exemplos: qual projeto nossa sociedade-empresa tem para os idosos? - Idosos somos todos nós: os de ontem, os de hoje e os de amanhã. Lembre-se, você também está na fita e será o idoso de amanhã. - Ainda não encontrou a resposta? Então pare e olhe para as empresas do mundo todo. É fácil de entender, eles não estão mais lá. Uma Empresa não necessita de idosos, é como se não fizessem parte da história e de nossa cultura. Na realidade nossa sociedade procura subterfúgios, paliativos e leis que aliviem nossa consciência a respeito desse sofrimento que cada um de nós, em sua idade produtiva, acredita que não vai conhecer um dia: a velhice.
O pior é que há problemas também na outra ponta da tabela: que tipo de educação desejamos para nossas crianças? Resposta da atual sociedade aos nossos cidadãos, quer dizer, às micro-empresas-ambulantes-consumidoras, a essa questão: “se você é um vencedor, matricule seu filho numa escola particular; se você não conseguiu prosperar o suficiente, há escolas públicas onde você pode matriculá-lo; enquanto isso, vá fazer algo produtivo, nem que isso inclua a prostituição dos valores que você carrega consigo, pois é preciso ser um vencedor”. A essa ‘mudança’ de valores, muitos chamam de tendência de mercado.
No senso comum a escola pública não é um lugar agradável e nem próspero. Isso significa que nossas vidas começam mal, com um sistema de educação falho e termina com a inexistência de cuidados com os idosos; nesse intervalo, enriqueceremos alguém com nosso trabalho. Sem falar na família, que passou a se ocupar com o constante abastecimento de idéias capitalistas em seu cérebro para manutenção de si mesma. Resultado: indivíduos que são doutrinados a pensar como empresas, implantam, cuidam e proliferam, em suas mentes e na sociedade, as idéias empresariais-mercadológicas-especulativas que ditam a construção de um mundo que se baseia na destruição do bem estar social coletivo. Nos EUA chamam isso de liberdade.
O conceito de Humanidade está morto em nós. Digo isso não num sentido religioso, porque na História, a morte da humanidade começa justamente com a ascensão das grandes religiões; depois se amplia com a formação dos Estados modernos; e finalmente tem seu auge com desenvolvimento das máquinas da Revolução Industrial, mais o capitalismo financeiro.
Eu explico: qual o valor da vida nas Cruzadas, nos tribunais da Santa Inquisição, nos homens bombas do islamismo, nas atrocidades dos Talibãs da vida, nos massacres judaicos narrados com sadismo no Antigo Testamento, nas carnificinas entre hindus e islâmicos na Índia? Eu sei, nenhum.
Depois das religiões, os Estados Modernos trucidaram-se nas duas grandes Guerras Mundiais. Para quem se esqueceu, vide o mais novo capítulo, e que não será o último, das invasões dos EUA no Oriente Médio, nos últimos anos. Poderíamos ter parado por aí, mas além de nos destruirmos nas guerras e nas religiões, também o fizemos em função das máquinas empresariais da Revolução industrial.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
A canção que eu quis fazer, eu sei que há várias canções que gostaria de ter feito, mas essa, é Minas demais
o 14 bis também gravou essa música, O CLUBE DA ESQUINA passou um susto essa semana, o acidente com o ônibus do 14 bis. força aí, galera; a estrada, às vezes, é dolorosa.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
A CRISE - Itália assina pacto com o demo
Espalharam-se sobre a terra.
Caixas de esgoto.
Fedor!!
Putrefação.
Proliferação de túmulos.
Bosnywash, Tóquio, Nasdaq.
É a diversão dos biltres, libertação.
Cagam no mundo e riem alto.
Do fim eterno e plácido emerge a fumaça daquilo que se queima:
Liberdade.
E nós, dependurados num balcão sujo,
guiados por garrafas vazias,
acreditamos que ainda é possível,
a tal descendência humana, escrever metáforas.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
A CRISE: Espanha, Portugal, Grécia & Islândia
domingo, 10 de julho de 2011
A FLIP É A VEJA DA LITERATURA II
Calligaris: "Eu fui membro do Partido Comunista, mas hoje seria incapaz", emendou. "Quando desistimos da nossa singularidade para descansar no comportamento de grupo, aí está a origem do mal. O grupo, para mim, é o mal."
Mautner diz que, ao contrário de Calligaris, gosta de pertencer a grupos, ainda que de forma particular.
Mautner: "Adoro ser transgressora, se não pertencer, como vou transgredir?", perguntou, citando como exemplos sua relação com o judaísmo e com a Sociedade de Psicanálise.
O verdadeiro rock'n roll ficou por conta de Zé Celso, que deixou claro que o Brasil ainda não entendeu Oswald de Andrade.sábado, 9 de julho de 2011
A FLIP É A VEJA DA LITERATURA
JOÃO UBALDO NA FLIP 2011
Repórter "Qual a sua primeira impressão da Flip, João Ubaldo?", foi a pergunta na noite de entrevista concedida pelo escritor baiano, que participa pela primeira vez da festa literária de Paraty.
João Ubaldo "Nenhuma. Só que está fazendo frio. Cheguei hoje à tarde, fui dormir e acordei agora", disse ele, causando risos
Crítica passada de João Ubaldo Ribeiro ao evento: boicotou a Flip em 2004, alegando ter sido subestimado em detrimento de autores estrangeiros e que a festa era voltada a autores da Companhia das Letras.
Ainda sobre a FLIP: se tais eventos ajudam a formar leitores. "Merecia um estudo mostrar o que acontece com esses festivais literários, que têm se proliferado tanto. Sou a favor desses eventos. O que não sou a favor é de ir muito a eles", brincou.
Entendo que a FLIP é mais um evento ligado ao turismo de Paraty do que realmente uma festa do livro. Penso até mesmo que, nem a Bienal do livro o é; são boas propostas mal administradas; mas é melhor com esses eventos do que sem eles. Teoria do menos mal é melhor do que um mal maior: a ausência de feiras literárias.
Acho que Paraty e turistas deveriam reverenciar, todo ano, a Julio Verne, Amyr Klink, Moby Dick, a história dos índios (literatura caiçara) e não somente uma feira patrocinada por uma editora com seus autores que escrevem sobre...ah!, ...qualquer coisa que venda. Seja aqui ou em NY. Amyr Klink e Julio Verne não foram ainda aplaudidos o suficiente. (em minhas viagens literárias, Amyr Klink é um personagem que saiu de uns dos livros de Julio Verne e hoje anda pela Terra)
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Moçambique - jogávamos futebol assim, nas ruas, na areia....
domingo, 3 de julho de 2011
MINAS GERAIS, minha paz audaz
onde as pessoas aparecem belas nas fotos em preto em branco,
uma saudade que a gente não sabe de onde vem, feito um trem,
rima fácil, eu sei, mas às vezes só se quer isso, rima fácil: café e pão de queijo.
uma paz audaz, um cherio de estrada, um gesto de adeus e oi, as paredes barrocas,
os profetas apontam o céu azul, não há céu como o céu de Minas. meu avô veio de lá.
andava de trem, um certo condutor de trem, Valdemar Mello, não o conheci e acho que é a primeira vez que escrevo seu nome.
nosso inverno nos torna mais afáveis, eu sempre vejo meu avô numa foto em preto e branco, pendurada na parede; pela janela vejo a serra azul da mantiqueira, e lá está o céu de Minas , posso vê-lo de minha casa, que fica em sp, interior, mas o pôr do sol é mineiro, cidadão da fronteira, coração dividido em MInas e Gerais..
as curvas e os acidentes da melodia de Toninho Horta faz de minas meu reino do prestes joão, sei que está lá e eu preciso buscá-lo, seja nas nuvens, na terra que há de desfigurar meu corpo, na melodia barroca, no vacalise que dispensa as palavras, nos sorrisos das avós de cabelos brancos e sorrisos claros, com suas as rugas sobre as mãos se parecendo com crochê, eu dizia isso a minha avó Madalena, ser vindo das minas que deu a mim o sangue da fumaça dos ttrens e as noites enluaradas sobre o pinho da viola. paladar de pão de queijo, mais a estrada, o doce-de-leite.
o coração sai pela boca e eu estou só ouvindo música. só!!!
sábado, 2 de julho de 2011
Lula e os bailes da vida, na África
- Lula é um artista sim. Debord já havia nos ensinado, ou pelo menos tentou, que vivemos na sociedade do espetáculo. Talvez Lula não pense assim, ou não entenda isso dessa maneira, mas o fato é que ele quer que todos sejam protagonistas do espetáculo; pra isso uma receita teoricamente simples: ênfase na prática de políticas sociais. Lula seria um simples ex-presidente se hoje já estivesse vivendo aposentado, num paraíso tropical ou sei lá onde. Pelo contrário, continua sua caraavana pelo mundo, vai à Àfrica para impulssionar as discussões sobre sustentabilidade e distribuição de renda em Guiné Equatorial, na 17ª Assembleia Geral da União Africana. O quê ele ganha com isso? A resposta é mais existencial e ontológica: continuar a ser ele mesmo. Cresceu discutindo questões socias, seja de maneira sindical, marxista, ou pela inocente via da humanização do capitalismo; enfim , Lula traz consigo um legado de ideias e práticas que tenta alocar no centro do senso comum do Brasil, da África e do mundo. Pois é a valorização de políticas socias que ameniza as tragédias criadas pelo neoliberalismo respnsável pela desumanização dos povos. Lula, como se tivesse numa mesa de bar, parece perguntar e responder ao mesmo tempo aos detentores da riqueza: "Vocês juntaram essa grana toda; e agora, o que vão fazer com ela? Porque a sociedade em que vocês também estão inseridos, está prestes a entrar em colapso." De braços dados com o keyseanismo, Lula não se cansa de pregar que é preciso que a grana circule entre os povos; e os programas socias são dispositivos que devem ser inseridos nessa selvageria especulativa para ir desarmando o sistema financeiro, que para ele, quando se tranforma em cassino, leva os países à banca rota, mas com volume de dinheiro em caixa transbordando pelo ladrão, como nunca antes da história do capitalismo, num paradoxo. Tais programas socias devem se tornar consenso e enraizar-se na avaliação crítica, tanto do indivíduo excluído, quanto do integrado pelo sistema, pelas formas produtivas, para criar uma sociedade menos injusta. Esse é o pespetáculo de Lula, que num paradoxo, é o maior amigo do capitalismo, desde que este não se transforme num cassino. Ou seja, se fosse possível, Lula criaria uma série de restrições ao mercado especulador que transforma dinheiro em papel e depois em dinheiro outra vez. Sabemos que isso é um veneno e está destruindo não só a sociedade, mas o planeta como um todo. O dilema do século XXI: transformar o sistema capitalista num sistema 'mais humano', com base na sustentabilidade , enquanto a direita e a esquerda discutem assuntos ligados à moral, e a re-interpretação desses axiomas que normatizam a vida em sociedade. E essa é a diferença básica entre Lula e FHC: Lula homenageia o lugar aonde vai, pois personifica o discurso social, é esse o seu espetáculo.
- Já FHC precisa da homenagem dos setores mais elitizados da política, como o Senado Brasileiro, que nas horas de folga, apaga capítulos da história do Brasil. Homenageado pelo presidente do Senado, José Sarney, FHC já não o acha assim tão ruim, como pregava no período eleitoral passado, o oligarca Sarney. Afinal, PSDB e PMDB são quase que como irmãos. Pra isso basta uma homenagem. Mas isso já é um espetáculo mais cult.
- Lula levou ao pé da letra os ensinamentos de Milton Nascimento e Fernando Brant: todo artista tem de ir aonde o povo está. E melhor pra Angola, Guiné Equatorial, pois são países onde se fala, também, a língua portuguesa. Vão entender mister Lula de maneira bem clara; o último discurso que eu vi do FHC, foi na França, em francês. Resultado: imperceptível.
- Vamos com Lula à Àfrica. A gente vai de internet.