O Eu aspira comunicar-se com outro Eu, com alguém igualmente livre, com uma consciência similar à sua. Só dessa forma pode escapar da solidão e da loucura. (Ernesto Sábato)
O Estadão, Jornalão dos Mesquista, resquício fóssil da ditadura, no começo de janeiro de 2012, chamou o Governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) de ‘moderno coronel’ e que como tal, o mesmo havia puxado 90% das verbas contra enchentes do Ministério da Integração para o seu estado. O Ministro Bezerra teria aberto a porteira do cofre para a construção de obras contra as enchentes. Folha de SP, Globo, Veja e derivados engrossaram o coro conservador. Será mais um caso de preconceito da mídia do sudeste em relação aos nossos patrícios do nordeste?
No mínimo é um erro matemático grosseiro: como que a sexta economia do mundo pode ter apenas 25 milhões de reais no orçamento da União, para prevenção e reparos contra enchentes? A verba ultrapassa os bilhões, mas esse ‘pequeno’ detalhe passou despercebido. Martelou-se mesmo foi a versão do privilégio, com as bocas cheias, cuspindo indignação com os ‘90%’ direcionados para Pernambuco. Mesmo tudo mundo sabendo que era mentira. O escândalo seria, caso fosse verdade, de que como um país como o nosso poderia ter uma verba de apenas 30 milhões de reais contra as enchentes? Por isso não espere ética de Jornais e do sistema de jornalismo das TVs abertas, principalmente aquela que transmite, ao vivo, um estupro enquanto seu apresentador declama, “o amor é lindo!”.
A ONG Contas Abertas, que atua na interpretação das verbas das emendas parlamentares, pesquisando no portal da Transparência, ou seja, que estão abertas a todos, alertou que a maioria das emendas liberadas pelo Ministério da Integração foram direcionas ao estado de Pernambuco, estado também do Ministro Bezerra. De novo o mundo veio abaixo. Mais uma vez seguiu-se o mesmo método ante-jornalístico: acusa-se sem o menor grau de investigação. O que vale é a aparência da notícia e seu efeito político. A verdade, bah!, quem se importa com ela na mídia?
De novo nenhum Jornalão e/ou sistema de jornalismo das TVs abertas explicou: onde não há processo licitatório aberto de maneira adequada e a tempo hábil, a emenda parlamentar volta para o ninho e só pode voar no próximo ano. Por isso, quando a imprensa do sudeste alastrava aos sete berros que o estado de São Paulo havia recebido menos que o estado de Pernambuco, em termos de verbas contra enchente, se ‘esqueceu’ de dizer que os processos licitatórios do estado paulista estavam atrasados, ou simplesmente não haviam ainda sido publicados nos diários oficiais da vida.
É o famoso fenômeno da papelada parada nos labirintos do jurídico/financeiro: responsabilidade direta de quem administra, no caso de São Paulo, Geraldo Alckmin. E diga-se a verdade, dependendo do parlamentar que destina a verba, governadores e prefeitos preferem recusar para não se criar um compromisso eleitoral futuro. E, para que não haja melindres, melhor culpar a burocracia. Mas a mídia não noticia isso, não é meu caro leitor?
Claro, que por tabela, você, esperto leitor, já percebeu que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não cochila com o cachimbo, e mantém o processo licitatório de seu estado em dia e corre atrás das emendas e, talvez por isso, tenha 93% de aprovação entre seus concidadãos. E correm boatos nos bastidores políticos que ele é figurinha garantida na próxima eleição para presidente, como vice de Dilma.
Esse burburinho arrepiou até as carecas de Serra e Alckmin, tirou Fernando Henrique Cardoso de sua letargia cannabis e derrubou Aécio Neves de sua nuvem de pó de pirlimpimpim. E quando isso ocorre, ou seja, o tucanato batendo cabeça e voando às cegas, em função de sua inépcia administrativa, chama-se a mídia para que ela argumente, vocifere, minta, pré-julgue e condene os inimigos dessas ‘nobres’ aves, afinal o Estado de são Paulo, o mais estagnado de todos, é o maior assinante da Veja, Folha, Estadão, Época e derivados. Não há repartição pública que não receba esses impressos. Logo, que eles defendam o tucanato.
E vamos rasgar o verbo, oras, pois a mídia de São Paulo não gosta de ‘modernos coronéis’. Ela prefere os antigos, como Serra e Alckmin, que dão tiros de borrachas em professores nas passeatas; nos policiais civis em greve; não dão a mínima quando favelas pegam fogo; expulsam famílias de suas casas para reintegrar terrenos abandonados por empresas que não cumpriram suas obrigações; e que rasgam a constituição em favor da propriedade empresarial e ferram as famílias mais humildes, que elas se danem, como no caso do escândalo do Pinheirinho, em São José dos Campos. Que saudades do Montoro!
Vídeo que mostra a ação de segurança pública de Geraldo Alckmin, PSDB, 'governador do estado de São Paulo'. Veja como crianças e idosos são tratos pelo sádico governador. Tais cenas não vão passar na mídia 'oficial' brasileira.
Vídeo que mostra as forças das trevas pedindo recursos para construção da Estrela da Morte; ou da não vida, como diria Nietzsche
"Vou ficar olhando até que você me entenda"!
Bertold Brechet
Poema: De que serve a bondade
... de Brecht
1)De que serve a bondadeSe os bons são imediatamente liquidados,ou são liquidadosAqueles para os quais eles são bons?De que serve a liberdadeSe os livres têm que viver entre os não-livres?De que serve a razãoSe somente a desrazão consegue o alimento de que todos necessitam? 2)Em vez de serem apenas bons,esforcem-sePara criar um estado de coisas que torne possível a bondadeOu melhor:que a torne supérflua!Em vez de serem apenas livres,esforcem-sePara criar um estado de coisas que liberte a todosE também o amor à liberdadeTorne supérfluo!Em vez de serem apenas razoáveis,esforcem-sePara criar um estado de coisas que torne a desrazão de um indivíduoUm mau negócio.
A charge é da época do governo Lula, mas ainda é atualizada o suficiente para se explicar a Primavera da Blogosfera, em dias atuais
Vamos comparar a Primavera Árabe com o que ocorre em países ditos democráticos, com Mídia Livre, (digo Imprensa Livre de interesses éticos) e se podemos concluir o quê significa, tanto a Primavera Árabe, quanto a Democracia dos países Capitalistas-ocidentais-democráticos-by- EUA.
Nos países Árabes, onde já é tradição os governos pautarem-se em Ditaduras, iniciaram-se protestos populares organizados pela Internet, torpedos e celulares. Nessas Ditaduras, a mídia, claro, é amordaçada. Conforme os povos árabes se mobilizavam nas praças, a Mídia Ocidental se regozijava: “ ...ninguém segura o trem bala da Internet com suas redes as sociais!”
Tem sido esta a voz geral para se explicar o fenômeno: “os hábitos ocidentais de consumo digitalizados se tornaram sinônimos de civilização avançada em estado de 'democracia profunda'”. Beleza: “Temos um Steve Jobs a nos abençoar!” E sua benção vai até aos árabes, sem distinção. Ohh! Como somos livres!
Se bem que tenho medo que toda essa gritaria e queda de ditadores árabes e carniceiros do poder, assim o espero, não ressuscite uma onda islâmica-teocrática-medieval afastando-se do Laicismo e justamente pelos métodos que o levaram ao centro dos conceitos políticos do senso comum ocidental: democracia e república através da liberdade de expressão e movimentação de massas. Mas a história desses homens não é a minha; cada povo deve escrever a sua.
Porém o feitiço caiu sobre o próprio feiticeiro em terras brasileiras. Tinha um Amury Ribeiro Jr, com seu livro, a Privataria Tucana, bem no meio do caminho da Mídia brasileira, 'f'iel defensora' da democracia no país.
Hummmm! Aí foi a hora da Globo, Veja, Folha de SP e Estadão se comportarem como a imprensa da Coréia do Norte, Cuba, China e TVs e Jornais árabes: calados diante de uma realidade trazida a tona por um livro, que tem como finalidade revelar um esquema de lavagem de dinheiro nas Ilhas do Caribe. Tudo organizado por José Serra e derivados à época da quebra dos monopólios estatais no ‘governo FHC’.
Observação: o livro bateu recordes de vendagens: mais de 200 mil exemplares em 3 semanas. E nem uma notícia nos jornalões e TVs de consessões públicas. Pra não dizer que foi tudo um só silêncio, a Record noticiou; Boechard, da Band, comentou na Rádio Band e de maneira indginada: "Por que esse silêncio?"
Assim, da mesma maneira que nos países árabes, foi a Internet quem furou o bloqueio feito de silêncio pela tradicional mídia brasileira. O efeito ‘PRIVATARIA TUCANA’ veiculado pela blogosfera e redes sociais imopuseram uma pauta que desceu goela abaixo das empresas oficiais de informação. Resultado: ocorrerá uma CPI em 2012 para investigar como funcionava o sistema de lavagem de dinheiro criado por Serra, eterno candidato das elites. Uma vitória e tanto de blogueiros e outros partidos menores, sem acesso à grande mídia. Lembrando que, ao velho PT, interessa que a sujeira vá pra debaixo do tapete. ( nunca antes na história desse país, uma CPI foi criada sem a participação da grande mídia pressionando diretamente o congresso - aliás, diga-se de passagem, esse é seu papel -; no caso da PRIVATARIA TUCANA, foi a blogosfera quem fez isso.)
A pergunta que não quer se calar é: Globo, Veja, Folha de SP e Estadão ganham quanto para se comportar como os jornais da Coréia do Norte, China, Cuba e outras ditaduras para blindar Serra? O assunto é sobre a dilapidação do patrimônio público, além de uma revisão histórica e um xeque bem dado no Neoliberalismo. Por que esse silêncio absurdo e vexatório?
************************* O duro é ver jornalistas como Merval Pereira, Lúcia Hipólito, Mônica Waldvogel, Cristiana Lobo, Boris Casói, Joelmir Beting, Noblat e outra dezena de 'profissionais da informação' rasgando o diploma todo o dia e o transformando em papel higiênco. Lamentável.
E tudo isso para proteger Serra,alguém que, com sua mais recente história revelada por Amuri Ribeiro Jr, transformou Maluf num coroinha, dado o estrago de seu sistema de lavagem de dinheiro à época da quebra dos monopólios, no ‘governo FHC’.
Não, o título não é uma alusão ao romance homônimo de Dostoiévski, mas sim ao tema da redação da FUVEST de 2012: o idiota que se diz apolítico. Eu explico: para os gregos antigos, o IDIOTA era aquele que só se preocupava com problemas privados, da porta de sua casa pra dentro. Não queria participar das questões políticas que ocorriam em sua sociedade. Era aquele que se dizia apolítico, não-partidário, não-ideológico. Chamamos, hoje, esse indivíduo de ‘alienado’. Para os gregos: ‘idiótes’. Eis o tema da redação da FUVEST 2012 e desta crônica.
E podemos perceber que é uma lógica simples, pois aquele que se esconde do debate político tem sua vida afetada pelas ações das administrações escolhidas por aqueles que discutem e vivem da política. O ‘idiota’, mesmo que não acredite nisso, é afetado pela política da qual prefere se esconder. Quer ver exemplos, leitor? Então vai.
O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, diminuiu em 10% a verba da secretaria do Esporte e em tempos de obesidade e sedentarismo. Porém só saiu uma notinha na Folha de SP, bem minúscula, sem nenhuma análise ou crítica, ou entrevista do motivo de tal medida. Porém, podemos perguntar aos nossos botões: a quem tal medida beneficia? Hummm! Obesidade e sedentarismo é um prato cheio para a indústria farmacêutica e para os ‘fantásticos’ planos de saúde que só lucram com tal cenário. Terá sido um lobby?
Bom, o fato é que não pára por aí: o governador do estado ainda aumentou o ICMS dos medicamentos genéricos no réveillon e você ainda soltou foguetes. Não é um cenário lindo: sedentários e obesos em números cada vez maiores e o estado de São Paulo arrecadando mais com a compra e venda de remédios e, com menos investimentos nos Esportes? Por tabela os aumentos no ICMS dos medicamentos atingiram os doentes crônicos mais carentes, diabéticos e hipertensos. E olha que o governador é médico. Hummm, tem colesterol no samba!!
Gostaria de dizer que era só isso, mas tem mais. Alckmin e Kassab, juntos, resolveram enfrentar a cracolândia. Foi um show digno da dupla de arqui-inimigos do Batman: Curinga e Pingüim. Os dois mandaram a PM dar tiro pra cima, pauladas e empurrões e espalhar os usuários pro lado que o nariz estivesse apontando. Um policial disse à imprensa que, “sabe quando você enfrenta um câncer? É melhor que as células doentes estejam juntas, pois é mais fácil de se curar. Do outro jeito é espalhando. É o que estamos fazendo aqui.”
Os moradores dos bairros vizinhos ‘agradeceram’ a chegada de novos moradores com seus cachimbos nas mãos. Quando Kassab viu ‘a lambança’ saindo pelo ventilador da mídia, — que não conseguiu esconder a insatisfação geral com a diáspora de usuários da droga pelos bairros de São Paulo, — resolveu dizer que não sabia de nada. Mas o governador disse que: “Não! O prefeito sabia sim”.
O que o governador não sabe, ou ignora, é que o país que melhor enfrentou o crack (e as cracolândias) foi a Itália. Com as chamadas narcossalas, obrigatoriamente próximas das áreas de convívio dos dependentes químicos, para distribuição de Metadona para desintoxicação dos que querem sair do inferno do crack. A cada 10 usuários de crack que procuram o tratamento, na Itália, 7 se livraram do vício.
Nem é preciso ser muito crítico para se entender que, no caso de São Paulo, tomou-se o caminho errado. Só seremos um país de primeiro mundo quando tivermos homens públicos que pensem de tal forma. A melhor solução é sempre a social.Hadad tem razão quando diz que o ‘governo Alckmin’ trata os estudantes da USP como se fosse a cracolândia; e a cracolândia como se fosse um aglomerado de torcidas de futebol em conflito numa tarde de domingo.
Mas se você tem outros assuntos privados a tratar, não vai se importar com os problemas citados acima. Claro, o BBB 12, o gol do Neymar, suas fotos no Facebook, o que disseram no Tweeter sobre Justin Bieber, o capítulo da novela e coisas do gênero são mais interessantes e sedutoras do que a política. Mas lembre-se: os efeitos da política sempre vão chegar até você. Por isso evite mergulhar na idiotice.
Esse cronista quer deixar claro que o governador não é um idiota, muito pelo contrário, é um homem astuto e inteligente. Já seus eleitores... hum! Mas vou parar por aqui, pois em época que até estudante da USP leva porrada do governo do estado de São Paulo, que será desse velho pangaré cronista que vos escreve? Que além de cruzeirense e flamenguista, vai escrever sobre a fusão Alckmin-Maluf (‘Malckmin’), com base no velho ditado, “me mostra com quem andas que lhe direi quem és” e lambanças mais, num próximo capítulo. Abraços.
Parece que ninguém está disposto a entender que tudo é uma ilusão. Apenas a metade de um suspiro. Ao contrário do que se pensa, os desejos não são estrelas, mas sim espinhos; vão rasgando a pele e nos tornando cada vez mais prisioneiros do ser, que já não é mais ser e sim, estar. Estamos desejando compulsivamente, como se não houvesse mais nada a se fazer.
Restos de civilização flutuam por onde vamos. Somos seres de alma de lata. Se não reciclados, poluímos. É a eterna roda da encarnação que se chama também, reciclagem. Nada se perde e tudo se transforma no mesmo existir sem sentido.
Entre uma barra de ouro e uma pelota de cocô, a segunda é mais evoluída, pois se dissolve mais rápido e se integra ao universo. Enquanto que o ouro, materialmente eterno, é o símbolo das almas conservadoras, reacionárias, o PFL (DEM) da alquimia, o cocô é o grande momento espiritual que devemos buscar. Tal como Ghandi o fez.
Temos que evoluir em direção ao cocô.
Buda, os hinduístas e outros metafísicos já diziam há muito que, tudo no universo é uma mera ilusão. Chamavam isso de Maia. Vivemos num filme, dentro de uma película, uma imagem digital que dissolver-se-á logo. Não se apegue a esse cenário, ele não existirá, siga o cortejo de você mesmo. Nada é importante, nada merece relatórios, reuniões, menos ainda propagandas. Ouça que meu filho me disse, há muito; ele ainda tinha sete anos. Hoje tem bem mais. Estávamos andando de carro.
—Nossa!, tem uma loja logo ali atrás que tá vendendo caixão!!................
Precisamos aprender a brincar dentro do corpo da Maia (rs). Depois são só lembranças que vão ficar na cabeça dos vivos e mais nada. Podemos e devemos soar como se tudo fosse possível dentro de uma canção. Não há outra coisa tão próxima de um sentido à vida do que uma canção.