...e o grande Nada ao nosso redor ficou mais forte, mais bem habitado. Adeus Eduardo Galeano, adeus Gunter Grass.
Vozes da morte - Augusto dos Anjos
Agora, sim! Vamos morrer, reunidos,
Tamarindo de minha desventura,
Tu, com o envelhecimento da nervura,
Eu, com o envelhecimento dos tecidos!
Ah! Esta noite é a noite dos Vencidos!
é a podridão, meu velho! é essa futura
ultra-fatalidade de ossatura,
a que nos acharemos reduzidos!
Não morrerão, porém, tuas sementes!
E assim, para o Futuro, em diferentes
Florestas, vales, selvas, glebas, trilhos,
Na multiplicidade dos teus ramos,
Pelo muito que em vida nos amamos,
Depois da morte, inda teremos filhos
Galeano e Grass: + abril de 2015
PS: todo velório tem uma trilha. Bem, lá vai!
Grandes perdas.
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