Por isso acho difícil que a previsão Maia sobre o fim da esfera azul tenha qualquer relação com a realidade. Normalmente as previsões sobre o fim do mundo desconsideram a realidade para suas previsões e como a mesma nunca é avisada, acaba traindo os profetas. Vide a Bíblia, Nostradamus, Jim Jones, Miriam Leitão, Greenpeace, Tom Cruise e etc.
O problema é que números repetidos nas datas são emblemáticos e estimulam a fantasia. Até a banda de rock, Rush, canadense, nos anos de 1970, lançou um disco chamado 2112, uma paçoca de teclados e firulas de contrabaixo, orientados por uma voz fina, do tipo desenho animado, que não dizia coisa com coisa, mas que se tornou vinheta de tudo quanto foi programa de rádio. Pra muitos, foi a primeira morte da música. Mal sabíamos, àquele tempo, que a música ainda iria morrer várias e várias vezes: do Rush aos Menudos, Dos Bee Gees aos funks cariocas. OH!! Céus, deuses nas alturas, resgatem-me desse chão de surdos, num Zeppelin dourado, cheio de Valquírias e capitaneado por um Submarino Amarelo, através duma estrada celeste Pink Road!! Com arranjos de Eumir Deodato.
Mas o papo não é sobre música, mas sim sobre a destruição do mundo e sua relação com os Maias e os números. Nem mesmo o tenebroso 666, ao meu ver, tem alguma relação com o apocalipse. A Besta do 666 é inofensiva perto dos desastres ambulantes que temos por aí; sobretudo quando projetam o futuro em épocas de eleições, em reuniões, digamos, não públicas. Por isso acredito piamente que o número que está relacionado à destruição do mundo seja o número 45. O número dos tucanos, o fatídico PSDB. Não, não desligue, você vai entender e me dar razão.
Em 2010, outra data suspeita, José Serra, em entrevista concedida ao Valor Econômico, mostrou-se “tecnicamente” a favor de retomar, nas reservas de petróleo do Pré-Sal, o sistema de leilões que vigorou no período FHC, onde a British Petroleum, Chevron e mais outras empresas do ramo, ‘eficientes ao extremo’, abocanhariam os poços com a velha receita neoliberal: baixo investimento e lucro alto. Afinal, fora os oceanos, o que os brasileiros e a humanidade poderiam perder? Muito pior do que o calendário Maia, é o estrago do voto.
Devo lembrá-lo, astronáutico leitor, que a British Petroleum foi a responsável pelo maior acidente ecológico da história dos oceanos, no Golfo do México, no ano passado. E a Chevron, ah! a Chevron!, doadora de milhões para a campanha eleitoral de José Serra, furou a ‘zóio’ na Bacia do Frade, na plataforma de Campos, RJ. E deu no que deu.
Imagine por um instante, de volta ao passado, para voltar ao presente, se José Serra tivesse vencido em 2010!? Só um pouco. A essa altura as Chevrons, as British Petroleum da vida estariam de posse dos poços em alto mar e até o fim de 2012, nossos oceanos seriam de puro óleo. Isso aniquilaria a vida humana, a fauna e a flora do planeta; enquanto isso, a Rede Globo, mamando nas tetas do BNDES, diria que tudo estava como no previsto, assim, assista à novela logo mais e não pense! Para isso elegemos Serra. (Socorro!!) Imaginou? Viu o risco que você correu, caso tenha depositado seu voto no número 45? Política é pra gente grande, não jogue água pra fora da bacia na próxima.
Em suma, esta crônica que dizer que: os tucanos já destruíram a educação de São Paulo, a segurança pública (vide aumentos dos crimes em SP), entregaram nosso subsolo aos estrangeiros, junto com a Vale, quase exterminaram nossos empregos, sucatearam o Estado, desarmaram o exército, (Lula é que comprou aviões e queria submarino nuclear), esvaziaram as reservas cambiais, e só não destruíram os oceanos, com a privatização da Petrobrás, porque o povo elegeu Lula duas vezes; e de quebra, o Nordeste virou a eleição pra Dilma. Lógica: o Nordeste salvou o mundo. Viva o povo brasileiro!!